quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Quecas, almoços e IMI

Municípios falidos, completamente inviáveis e afogados em dividas, são coisa que não falta cá pelo rectângulo. Nada disso intimida os briosos autarcas que os governam. Vejam-se as almoçaradas de Natal que, nestes dias por todo o lado, são oferecidas aos eleitores mais idosos e que, no seu conjunto, seguramente nos custarão a todos uns quantos milhões de euros. Isto depois de, durante todo o ano, os terem andado a passear pelo país. E, não raras vezes, pelo estrangeiro. Para além, claro, das clássicas idas ao “Preço Certo”.
Pode – e presumo que haja – quem considere que isso dirá apenas respeito aos munícipes dos concelhos rebentados financeiramente pelas gestões popularuchas que por lá têm passado. Nada mais errado. O descalabro instalado nas contas dessas autarquias vai ser pago por todos. Até por nós. Mesmo pelos que nunca foram a Fátima num autocarro da Câmara nem cumprimentaram o Fernando Mendes.
Está na forja legislação que, no limite, permitirá transferir parte do IMI, a resultante da reavaliação que as nossas casas tiveram no ano passado, para as Câmaras endividadas por autarcas tresloucados. Que é como quem diz: Quem pagava, por exemplo, noventa euros e paga agora duzentos, contribuirá com cento e dez euros para o bolo que ajudará a salvar as Câmaras falidas. Se, reitero, a redacção original for aprovada. É que isto não há almoços grátis. Nem quecas oficiais à borla. Num e noutro caso uns comem e todos pagam.

2 comentários:

  1. Concordo inteiramente contigo pois estás coberto de razão. Mas como mudar a situação? Sinceramente não sei!

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    1. Só mudando de povo! Porque é disto que este povo gosta!

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