segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O país dos rosalinos

O secretário Rosalino é um arauto da defesa daquilo a que muita gente chama igualdade entre trabalhadores do sector público e privado. Isso da igualdade é uma coisa bonita. Daquelas de que toda a gente gosta de ouvir falar. Ainda que essa alegada igualdade não seja para melhorar a vida dos que estão pior mas sim e apenas para piorar a dos que, alegadamente, estarão melhor.
Mas o Rosalino é, na vida real, bancário. No Banco de Portugal, ao que parece. Ora a instituição onde o nosso Rosalino trabalha quando não está na politica será, segundo se diz, das que mais direitos - provavelmente privilégios, na perspectiva dos Rosalinos e seus admiradores – concede aos seus funcionários. De tal maneira que o Rosalino terá, segundo a imprensa, dois créditos à habitação. Daqueles a juros módicos a que apenas os bancários têm acesso. O que não tem nada de mal, diga-se. A menos que mentes perversas – como a minha, admito – se comecem a questionar acerca de um tal conceito esquisito nem sempre visto de maneira igual. Igualdade, ou lá o que é.
Não consta que relativamente a matérias desta – e de outra – natureza, os Rosalinos que andam lá pelo governo evidenciem especial preocupação. Nem que os habituais defensores da equidade, convergência, igualdade e outros conceitos todos jeitosos, manifestem a mais leve indignação. São coisas que não interessam ao pagode. A esse basta que lhe vão alimentado o ódio aos funcionários públicos.

3 comentários:

  1. Completamente de acordo e quem diz a verdade não merece castigo!

    Abraços

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  2. Nem mais:
    "Ainda que essa alegada igualdade não seja para melhorar a vida dos que estão pior mas sim e apenas para piorar a dos que, alegadamente, estarão melhor."

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