Este “bairro”, situado numa das entradas da cidade, é habitado por pessoas, nas suas próprias palavras, desempregadas e reformadas. Contudo, no caso dos desempregados, são bem poucos os moradores que estão, ou foram alguma vez, colocados pelo Centro de Emprego em programas ocupacionais e, possivelmente, serão ainda menos os que por sua iniciativa procuram activamente um trabalho. O que leva, naturalmente, a duvidar da sua condição de “desempregado”…
Consta que vivem do Rendimento Social de Inserção que lhe é generosamente atribuído pela segurança social. Ou seja, não farão – a confirmar-se essa versão - nada de útil à sociedade, a não ser servir-se dela, vivendo à conta de quem trabalha e desconta uma parte significativa do seu salário. Dispõem, por isso, de muito tempo livre que ocupam ociosamente pelo bar da superfície comercial da zona, onde tomam o pequeno-almoço, lancham e beberricam o café da manhã, do meio-dia e da tarde. Nos intervalos de tão cansativa ocupação fazem umas petiscaradas no bairro com qualquer coisa obtida no supermercado.
É claro que as condições em que vivem são deploráveis. Apesar de o bairro dispor desde há muito de abastecimento de água e fornecimento de electricidade de forma completamente gratuita, verificam-se ainda imensas lacunas. Uma falha lamentável é não haver um acesso gratuito à internet, à semelhança do que acontece no Rossio e na zona do Jardim, disponibilizado pelo EDD. Tal contribuiria em muito para a integração dos que ali moram, melhoraria a sua qualidade de vida e, principalmente, facilitaria a obtenção de vídeo-jogos, filmes e música à rapaziada mais jovem lá do sítio. De forma pouco legal, é certo, mas ainda assim menos arriscada do que actualmente serão obrigados a fazer.
E dos ciganos ninguém fala? Mas porque é que ninguém fala dos ciganos?
ResponderEliminarE internet par quando? Merecia ser publicado nos Brados, a merda é que te arriscava a levar alguma .....
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