quinta-feira, 27 de junho de 2013

O pantomineiro, afinal, devo ser eu.

Parece-me ter ouvido dizer que existem funcionários públicos em excesso. Seria, ao que me pareceu ouvir, na área administrativa que o número de empregados do Estado estaria especialmente inflacionado face às necessidades da administração e à capacidade desta em suportar os custos salariais com tão elevada quantidade de gente. Ao que suponho ter ouvido, o governo estará a preparar-se para colocar no olho da rua – requalificação, mobilidade, ou lá o que é que agora chamam ao acto de despedir – umas quantas dezenas de milhares de funcionários. De que, como faz questão de salientar, não precisa para assegurar o regular funcionamento dos serviços.
Mas tudo isto, presumo, devo ter sido eu a sonhar. Ou então por, a maior parte dos dias, apenas ouvir as noticias de manhã. Quando estou naquela fase em não tenho a certeza se ainda estou a dormir ou já estou acordado. Isto porque, depois, ao longo do dia, a realidade encarrega-se de provar o contrário. Neste caso mostra-me claramente que ando a ouvir mal, a deturpar as noticias e, quiçá, a pregar pantominices a quem me quer ouvir ou ler. O governo não pretende, afinal, despedir ninguém. Como, igualmente, não existem funcionários a mais. Bem pelo contrário, precisamos é de mais pessoal. Veja-se o caso de um organismo público que, na ausência de recursos próprios, tem recorrer a uma empresa de trabalho temporário para dar conta do recado. Ou do serviço.
Situações desta natureza ocorrem com inusitada frequência nos mais insuspeitos organismos da administração pública. Contratam-se empresas de trabalho temporário a preços exorbitantes que, por sua vez, pagam uma miséria aos trabalhadores que recrutam. Podia perguntar-me o que é feito da diferença entre o muito que o Estado paga a mais do que pagava antes e o que o novo trabalhador recebe a menos do que aquele que lá estava. Poder, podia. Mas era uma pergunta desnecessária.

3 comentários:

  1. Uma constante em tantas autarquias e não só...e disso não falam eles!!!

    Mais uma denúncia que fazes e seria bom era mandar directamente para o Gasparzinho.

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  2. Fatyly

    Isto está-se a generalizar mas se nas empresas privadas é lá com eles no que toca ao Estado a coisa devia fiar mais fino.

    O Gaspar?! Então a adse - caso do post - depende do Ministério das Finanças. Ou seja, dele.

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  3. Pois claro que depende e devia era levar com mails com cópia para todos.

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