sábado, 4 de maio de 2013

Corta, corta!


A montanha pariu um rato. Pouco mais do que isso me ocorre depois de ouvir o discurso de Parvus Coelho e o anúncio de um conjunto de medidas que, mais uma vez como o tempo se encarregará de demonstrar, de muito pouco servirão para endireitar as contas do país. Não diminui o número de deputados, não se reduz o número de cargos políticos, não se estabelecem limites à contratação de assessores nem, sequer, se estabelece a proibição de contratação externa ao nível de empresas de trabalho temporário, consultadoria e outras aquisições de serviços. Juntos, todos estes itens oneram muitíssimo mais os cofres públicos do que os vencimentos dos funcionários públicos que pretendem pôr no olho da rua.
Nem tudo, no entanto, me parece mal de todo. As mexidas no horário de trabalho e no regime de férias da função pública, por exemplo, só pecam por tardias. Devia ter sido exactamente por aqui que se devia ter começado. Igualmente a intenção de mexer nos suplementos remuneratórios se afigura como da mais elementar justiça. Há, de facto, de acabar com privilégios absurdos. Nomeadamente o suplemento de trinta por cento que, a titulo de despesas de representação, acresce ao vencimentos dos titulares de cargos políticos e dirigentes da administração pública.  A não ser assim mais vale que lhes cortemos o pescoço.

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