quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Vejo-me grego para entender esta gente...

De repente todos são muito solidários com os gregos. Ai de governante ou de qualquer um que ouse exprimir opinião contrária. Nomeadamente atrevendo-se a sugerir que aquela malta já teve perdões de divida suficientes, paga juros a taxas comparáveis às nossas e que era capaz de não ser má ideia alterar aquilo de apenas um grego em cada quatro ser pagante de impostos.
Não é que me importe com isso da solidariedade. Cada um solidariza-se com o que muito bem entende. Há, no entanto, uma coisa que me inquieta. Vi hoje - a propósito da noticia que o governo admite o regresso às trinta e cinco horas de trabalho para os trabalhadores das autarquias - que a generalidade dos tugas não são nada solidários com os referidos trabalhadores e criticam veementemente essa hipótese. Não poupam nos insultos nem nos impropérios que lhes dirigem. Assim sendo, a pergunta impõe-se. Será que nesta solidariedade com a Grécia estão incluídos os funcionários públicos gregos? Vejam lá, não se me desgracem, olhem que eles têm privilégios - como vocês gostam de dizer – que por cá nem a CGTP se atreve a reivindicar. 

2 comentários:

  1. Também eu vi-me grega para perceber o cerne deste teu post! Devo ter os neurónios congelados, mas ...quem diz a verdade não merece castigo. Desculpa:)

    ResponderEliminar