terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A coligação PSD/CDS vai ganhar as eleições. Só pode.

Acho piada à aversão que a generalidade da populaça tem aos funcionários públicos. A sério. Diverte-me ler os comentários que uns quantos javardotes se dão ao trabalho de escrever sempre que no centro da noticia está alguma coisa relacionada com a função pública. Inveja, ódio, parvoíce e estupidez destilada em dose industrial por gente que, na maior parte das circunstâncias, não sabe nada acerca do que escreve. Nem de outras coisas, muitos deles.
A julgar pelo entusiasmo com que são acolhidas as medidas governativas relativamente aos trabalhadores do Estado, é licito acreditar que o Parvus Coelho só vai perder as próximas eleições por não ter castigado ainda mais severamente os funcionários públicos. Não deixa de ser curioso que qualquer declaração da criatura, por mais inócua que se revele, suscita um coro de indignação. Mesmo decisões governamentais sem importância de maior – coisas corriqueiras, por vezes – são capazes de despertar no mais pacato dos cidadãos uma ira contra o governo, a Merkel, o Cavaco ou a troika, passível de rebentar com o mais potente dos irritómetros. Já se a coisa for no sentido de prejudicar a função pública, então, o aplauso é garantido.
Deve ser, digo eu que não sou de intrigas, por não terem conseguido um lugarzinho para si ou para os seus na administração pública. Se calhar foi por não se terem esforçado o suficiente. A estudar, como era nos tempos de antanho, ou, nos mais recentes, a lamber os tomates ao gajo certo.

4 comentários:

  1. Não alinho nesse tipo de criticas e quando as faço é contra algumas políticas impostas pelos "funcionários públicos que estão no poleiro e presidência".
    Sabes bem amigo que há funcionários públicos bons e funcionários públicos públicos péssimos. Há serviços que irritam-me até ao tutano em que se espera até que acabem a converseta. Num balcão de vários até sei quem são e há dias verifiquei que essas duas personagens já lá não estão, porque será? Sempre atendi público e respeitava sempre o público...termina às 16h e quantos entravam mesmo em cima da hora. Ao invés, por exemplo numa repartição, contam as cabeças e fecham a porta uma hora antes. Verificada a coisa afinal o número era muito reduzido porque os ou as acompanhantes...iam só acompanhar:):)

    Mas KK não percebo esta guerra das 35 horas, fará tanta diferença nivelar pelas 40 igual ao privado? O que são 5 horas a mais diluido num dia, numa semana ou num mês? Quantos funcionários públicos sempre trabalharam e trabalham mais do que isso sem levarem um tostão?

    Enfim...não ligues pá:):)

    Beijos

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    1. A questão das 35 horas é, quanto a mim, irrelevante. Daí que não faça sentido que o governo a tenha imposto.

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  2. Há muito que a FP tem vindo a ser achincalhada. Uns (governantes) atrás dos outros, fomentam a divisão entre os próprios FP.
    Não é mentira nenhuma que os privados olham para os públicos como gente de segunda classe.
    Boa semana, KK.

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    1. Público versus privado é guerrinha estúpida patrocinada por gente igualmente estúpida. Noutros tempos aborrecia-me, mas isso passou-me. Hoje só me diverte...

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