Desde
há muito que tenho opinião formada acerca do alargamento do horário
de trabalho da função pública, já a manifestei aqui em diversas
ocasiões e ela não é coincidente com a que o Alberto João da
Madeira expressou acerca do assunto. Reconheço, contudo, que o homem
tem razão naquilo que diz. Aprecio, por isso, a coerência com que
assume não aplicar a medida lá no seu reino.
De
facto, parece assim um bocado a atirar para o parvo colocar os
funcionários públicos a trabalhar mais uma hora por dia quando, em
simultâneo, pretendem despedir uns quantos milhares de
trabalhadores. Se é para despedir é porque não fazem falta. Se não
fazem falta é porque não há trabalho. Se não há trabalho não se
prolonga o horário. Raciocínio mais lógico parece-me difícil. Por
norma, ainda que possam existir umas excepções mais ou menos
manhosas, é assim que as coisas funcionam onde impera o bom-senso.
Mas isso é coisa que não se pode exigir aos rapazes do governo. Nem
aos seus conselheiros especialistas que ainda mal largaram os
cueiros.
Tem lógica, mas diz-me cá sinceramente afecta assim tanto trabalhar mais uma hora? Ou queriam que fosse paga como estraordinária?
ResponderEliminarAgora despedir por despedir é diferente, bem diferente...porque cada caso é um caso e nisto teria muito a dizer!
Em média, ao longo do ano, trabalho muito mais do que sete horas por dia, não recebo horas extraordinárias e isso não me afecta em nada. Mas acrescentar uma hora ao dia de trabalho não vai ajudar em nada. Ou talvez vá. Especialmente se a hora de almoço for reduzida em meia-hora. Ao que a malta da restauração gosta de reclamar...
ResponderEliminarHá um pormenor que não foi referido. Fala-se na conveniência de combater a corrupção que tem uma fonte poderosa na burocracia exagerada que mantém os papéis parados durante anos à espera que o cidadão interessado dê as centenas de euros para a licença ser concedida no doa seguinte.
ResponderEliminarCom mais horas de trabalho, a burocracia aumenta. Cada momento de «ócio» dá lugar a mais complicómetros criados pelos que não gostam de estar a olhar para o tecto.
Cumprimentos
João
A. João Soares
ResponderEliminarÉ, também, uma forte possibilidade.
Sem dúvida, mas isso salta à vista de toda a gene, menos do iluminado que nos (des)governa.
ResponderEliminarCarlos Barbosa de Oliveira
ResponderEliminarO gajo é um burro convicto!
Também nunca pensei em concordar com alguém que diz que "o Alberto João tem razão".
ResponderEliminarObservador
ResponderEliminarPor este andar um dia destes ainda tenho saudades do Sócas...Kredo! kruzes kanhoto!!!!
Já somos 2. Bem claro - se não fazem falta é porque não há trabalho, se não há trabalho, não se aumenta o horário.Tenho, também, dito.
ResponderEliminarFaty Laouini
ResponderEliminarE quando despedirem não vão ser aqueles que entraram por terem cartão...Vão ser os outros, os que não foram para a FP por causa dos padrinhos ou do sr. Valente Cunha.