sexta-feira, 31 de maio de 2013

Da frase “não há dinheiro” qual a parte que não percebe?


Esta pergunta, consta, terá sido feita várias vezes, diz que até em reuniões do conselho de ministros, por Victor Gaspar a um ou outro colega de governo quando estes resistiam aos cortes de verbas que o titular da pasta das finanças tentava impor aos seus ministérios. Esta expressão, a par da sua confissão de benfiquista deprimido, foram, assim que me lembre, as únicas ocasiões em que senti uma pequena dose de simpatia pela criatura. Mas, garanto, passou-me depressa. Mesmo sabendo que governar esta pocilga e ser adepto do Glorioso são duas condições muito penosas nos dias que passam. 
O orçamento rectificativo divulgado hoje contribui, ainda mais, para me fazer desconfiar dessa coisa da falta de dinheiro. Ou melhor. Para, também eu, evidenciar uma notória falta de clarividência para descortinar o significado dessa sequência de três palavras tão do agrado do benfiquista Gaspar. É que se a minha compreensão para trabalhar mais uma hora por dia, mesmo ganhando menos, ou para mais um aumento de impostos, apenas para assegurar o nível de benefícios de saúde que já existem, não era muito elevada, agora bateu todos os recordes negativos. 
E isto porque, mais uma vez e como sempre, a falta de dinheiro não é para todos. Para uns, nomeadamente em ano de eleições, vai-se sempre arranjando qualquer coisinha. Não tenho nada contra os autarcas - ou candidatos a isso  - do PSD. Desejo apenas que tenham, nestas e apenas nestas autárquicas, um resultado abaixo de miserável. Ao nível deste governo, portanto. 

4 comentários:

  1. E é a isto que se resume Portugal hoje, um tremendo circo político, onde já nem há pão e bolos para enganar os tolos. Por isso digo, quanto mais depressa batermos no fundo melhor. Isto tem que ir mesmo ao charco para ser reconstruído! De outra forma não vamos lá.

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  2. "o ir abaixo do miserável" está nas mãos do povo quando votarem...mas até lá o país, ou melhor dizendo nós vivemos aos solavancos e incertezas como lhes convém... e vão começar a aparecer os famosos "brindes do OMO" numa de caça votos.


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  3. mandei 1 comentário, n sei pk n foi publicado, n tinha nd de ofensivo, siga!

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  4. Caro anónimo

    Não tinha, de facto, nada de ofensivo. No entanto, como saberá se for um visitante frequente deste espaço, este blogue não publica matéria que envolva a politica local. É assim desde o inicio, já lá vão seis anos, e assim será até ao fim.


    Cumprimentos

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