"Gaia não pode
parar". É o que escreve no facebook, de forma entusiástica, o
candidato do PSD aquela autarquia. O mesmo que exortou os magrebinos,
termo depreciativo que a bimbalhada usa para se referir aos
portugueses que vivem a sul do Mondego, a curvarem-se perante a
vitória do clube de futebol do Porto no campeonato nacional do
pontapé na bola. Obtida sem saber ler nem escrever e,
inequivocamente, oferecida pelo adversário directo quando já
ninguém esperava. Nem eles. Mas isso agora não interessa nada. Nem
vem ao caso.
Este
tipo de discurso não
é novo. Pelo contrário. É coisa
recorrente. Mesmo em
tempo de crise, quando estamos todos fartos de saber –
ainda que alguns se esforcem por ignorar -
que não há dinheiro para pagar
tanto movimento e que estamos a pagar pelo excesso de velocidade. São muitos os que acham que “isto não pode parar”.
Como acontece com o
cavalheiro candidato. Mas só quando está em campanha lá pelo
norte. Os ares do Magrebe fazem-no mudar radicalmente de opinião e
defender exactamente o contrário. Deve ser porque é só no conforto
do palácio magrebino que tem tempo de ler o relatório e contas da
Câmara a que se candidata e concluir que dois anos inteiros de
receita mal chegam para pagar os quase duzentos e dezoito milhões de euros de divida da autarquia a que se propõe presidir.
Longe vão os tempos em que Menezes era de facto um bom político e a ver vamos se poderá concorrer!
ResponderEliminarSubscrevo o que dizes.