A propósito do
post anterior, questiona-me o único visitante que o comentou – o “Jony” - se eu “ia”. Concluindo de imediato que “ia mas
era o tanas”. Referindo-se, presumo, à minha apetência para
aceitar um desses trabalhos que não há quem queira fazer. Isto se
estivesse no lugar dos desempregados que não aceitam trabalhar na
agricultura.
Ainda que ache
preferível ganhar pouco e trabalhar muito a não ganhar nada e nada
fazer, digo-lhe que, assim de repente, nem desconfio se “ia” ou
ficava. Isto apesar de viver numa região onde até há pouco tempo –
para aí uns quarenta anos, o que praticamente foi ontem – as
pessoas se deslocavam, sazonalmente, para trabalhar fora da sua zona
de residência quando por cá não havia trabalho. Recordo-me de
famílias inteiras – meus vizinhos, à época – que iam durante
semanas para o Ribatejo fazer a apanha do tomate. Ou em sentido
inverso, mas disso lembrar-se-à o meu pai, os beirões que vinham
para o Alentejo na altura de ceifar as searas.
Isto para dizer
que esta realidade que pensávamos ultrapassada não constitui, pelo
menos para muitos de nós, uma grande novidade. Convivemos com ela e,
quase de certeza, vamos voltar a encontrá-la por aí um destes dias.
Se fico satisfeito com esse reencontro? Obviamente que não. E quem
me lê com regularidade fará a justiça de o reconhecer. Agora que é
uma inevitabilidade para que nos devemos preparar, disso nem vale a
pena ter dúvidas.
Só agora é que estou a pôr a leitura em dia...e respondo aqui: se eu pudesse até que ia porque mais vale um pássaro na mão do que dois a voar...e o quer que viesse a juntar à minha delapidada reforma seria sempre uma mais valia, para além do que eventualmente pudesse trazer...uns tomatitos, umas alfacita etc.:)
ResponderEliminarAyé limpar escadas o faria.
Sabes amigo...trabalhar faz calos...
Porque não posso? porque tenho de dar assistência à minha mãe com quase 84 que está a melhorar e ser rectaguarda de duas netas porque não têm mais nenhum avô ou avó e dar uma ajudinha quando doentes ou até na limpeza da casa, a tratar de papelada etc. etc. etc.