Há fronteiras,
ficámos um dia destes a saber, que Paulo Portas não transpõe. Para
um ministro dos negócios estrangeiros a analogia não seria a mais
feliz não se desse o caso das fronteiras que se recusa a transpor
não fossem poucas. Apenas uma. A que imporia – ou imporá,
sabe-se lá – um corte nas reformas da segurança social. Porque
outras fronteiras, as que vão diminuir vencimentos ou baixar pensões
aos aposentados da função pública, essas, ele salta com a maior
das descontracções.
Sabe-se que o líder
centrista gosta de reformados. Tendência que nem me atrevo a
criticar. Até porque, enfim, isso é lá com ele. Lamento é que
faça discriminações entre reformados de um ou de outro regime. Ou,
igualmente deplorável, que não goste de quem trabalha para o
Estado. Podia, digo eu, discriminar em função do tamanho. Do
ordenado. Mas não. Para ele o tamanho não importa. Tudo lhe serve.
Para cortar.
Vamos de mal a pior e não consigo atinar com estas jogadas políticas para mostrarem uma coligação tão débil), porque se o CDS-PP votar contra, tudo passa porque o PSD tem a faca e o queijo na mão.
ResponderEliminarMostras o Expresso que já o li...e ler ou seguir o pensamento das crónicas de PP no Independente de então (que nunca perdi uma e voltei a reler) para a actualidade...é mesmo de ficar de boca aberta e dizer: com o tempo todos mudamos, mas uns mais do que outros!!!!