Nos tempos que
correm a noticia da falta de mão de obra para trabalhar só pode
constituir uma espécie de piada. De mau gosto, no caso. Nem
interessa saber onde é o trabalho ou no que consiste. Quando o
desemprego atinge os níveis dramáticos que se conhecem, parece
pouco razoável que um empregador tenha de recorrer a estrangeiros
para ver satisfeitas as suas necessidades laborais.
Trabalhar no
campo não é fácil. Ganha-se mal – miseravelmente, reconheço –
mas, ainda assim, será seguramente menos mau do que não ter emprego
nem dinheiro para sobreviver. Que, também reconheço facilmente, é
o máximo que se pode fazer com os ordenados que se praticam na
agricultura e noutro sectores pouco exigentes em matéria de
qualificações. Embora isso, vendo o que oferecem aos licenciados,
seja muito relativo.
Estamos,
nalguma parte do sistema, a cometer um erro qualquer. Identificá-lo
está, naturalmente, fora da minha órbita de conhecimento. Acabar com
todo o tipo de apoios sociais, para obrigar quem deles beneficia a
aceitar qualquer tipo de trabalho, não será a solução. Fazê-lo
seria criminoso. Mas, quando existem desempregados a “dar com um
pau” a mendigar empregos aos presidentes das câmaras e, mesmo ao
lado, um empregador não consegue arranjar quem queira trabalhar,
também não me parece um coisa muito séria. Por muito que isso
custe a uma elite bem pensante e que, como dizia o Jerónimo, sabe
“lá o que é vida”.
E você ia? ia mas era o tanas. Assina Jony.
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