sexta-feira, 24 de maio de 2013

Não há trabalhadores?! Experimentem pedir colaboradores, pode ser que resulte.


Nos tempos que correm a noticia da falta de mão de obra para trabalhar só pode constituir uma espécie de piada. De mau gosto, no caso. Nem interessa saber onde é o trabalho ou no que consiste. Quando o desemprego atinge os níveis dramáticos que se conhecem, parece pouco razoável que um empregador tenha de recorrer a estrangeiros para ver satisfeitas as suas necessidades laborais.
Trabalhar no campo não é fácil. Ganha-se mal – miseravelmente, reconheço – mas, ainda assim, será seguramente menos mau do que não ter emprego nem dinheiro para sobreviver. Que, também reconheço facilmente, é o máximo que se pode fazer com os ordenados que se praticam na agricultura e noutro sectores pouco exigentes em matéria de qualificações. Embora isso, vendo o que oferecem aos licenciados, seja muito relativo.
Estamos, nalguma parte do sistema, a cometer um erro qualquer. Identificá-lo está, naturalmente, fora da minha órbita de conhecimento. Acabar com todo o tipo de apoios sociais, para obrigar quem deles beneficia a aceitar qualquer tipo de trabalho, não será a solução. Fazê-lo seria criminoso. Mas, quando existem desempregados a “dar com um pau” a mendigar empregos aos presidentes das câmaras e, mesmo ao lado, um empregador não consegue arranjar quem queira trabalhar, também não me parece um coisa muito séria. Por muito que isso custe a uma elite bem pensante e que, como dizia o Jerónimo, sabe “lá o que é vida”.

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