quarta-feira, 10 de julho de 2013

Patifarias

Que Portugal é um país de corruptos, vigaristas e trafulhas será apenas novidade para – e mesmo assim não tenho certezas absolutas quanto a isso – um ou outro habitante das profundezas da selva ou de qualquer outro lugar remoto onde não cheguem as noticias cá da pocilga. Neste âmbito temos, alegadamente, de tudo. Desde casos que movimentam milhões aos montes, como o BPN e outros parecidos, até aos que, por comparação, envolvem apenas uns trocos. Assim tipo baixas por doença, subsidio de desemprego ou rendimento mínimo. Diria que neste campo da trafulhice em geral, e da fraude em particular, somos uns verdadeiros especialistas. Nós e os que, vindos de outros países, assimilam num ápice os nossos vastos conhecimentos nestas matérias e aproveitam as fragilidades, sempre muito convenientes, dos nossos serviços públicos.
Um dos domínios em que nos especializamos desde há muitos anos foram os chamados casamentos brancos. Aqueles em que, a troco de dinheiro, alguém casa com um estrangeiro para que este tenha acesso a certos direitos apenas reservados a cidadãos nacionais. A marosca teve alguma notoriedade quando envolvia futebolistas. Hoje estará mais direccionada para desenrascar – outra coisa em que somos especialmente bons – a rapaziada oriunda do espaço extra-comunitário. Nomeadamente a mourama. Os tais que odeiam a sociedade ocidental mas que sabem tirar partido dos apoios sociais que esta distribui de forma generosa e indiscriminada.
Uma das fraudes que aparenta revelar um crescimento acentuado é o casamento de velhotes com mulheres substancialmente mais novas. De nacionalidade brasileira, muitas deles. A ideia será, para além de enquanto o gajo for vivo viverem à conta dele, beneficiarem da pensão de sobrevivência quando o idoso bater a bota. O que significa que o Estado poderá suportar os encargos referentes a um beneficiário - entre o tempo que esteve reformado mais o tempo de vida da beneficiária da pensão de sobrevivência – durante cinquenta, setenta ou mesmo mais anos. Isto se não estiver muito enganado na idade de certos “casais” que encontro nos supermercados da cidade a abastecer a despensa. 

8 comentários:

  1. Pois...na m'alimbrei dessa jogada em tempo útil....
    ;)

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  2. Maria Mar

    Digamos, não me lembrei de o referir no post, que isto, mais do que uma fraude, será um "esquema"...

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  3. Resumindo: uma esterqueira.

    É que não há ponta por onde se lhe pegue! O que me chateia é serem os de sempre a pagar o mico!

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  4. ...e que dizer da brasileira que casou com o Pinto da Costa?
    E outras que andam por aí-portuguesas a casar com paquistaneses-para receberem o equivalente a 3 ou 4 ordenados mínimos!

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  5. Fátima

    É mesmo. E pagam os do costume que, assim como assim, já estão habituados!

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  6. António Rosa

    Ora aí está um óptimo exemplo!

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  7. mas para essa realidade não olham os gajos do governo e depois pagamos todos. Para além de casamentos de conveniência também a nacionalidade é importante.

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  8. Fatyly

    Deve ser a vingança pelo ouro que os nossos antepassados sacaram lá do Brasil.

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