sexta-feira, 26 de julho de 2013

Espanha vai nacionalizar o Sol...

Ao contrário do que julgávamos o Sol quando nasce, afinal, não é para todos. Literalmente. Em Espanha – para já, porque certamente não faltará quem pretenda seguir o mesmo modelo – o astro rei vai ser nacionalizado. O governo espanhol prepara-se para criar legislação que visa taxar a energia gerada e consumida no mesmo edifício. Ou seja, quem investiu nas energias alternativas pensando em poupar uns cobres vai, caso esta ideia brilhante se concretize, gastar ainda mais dinheiro do que se recorrer ao consumo através da rede eléctrica. Mais vinte sete por cento, ao que adiantam algumas estimativas. E se fizer a coisa à surrelfa sujeita-se a uma multa que pode ir até aos trinta milhões de euros. A ideia, assumida pelos governantes espanhóis, é proteger as empresas do sector eléctrico, coitadas, precavendo uma provável desestabilizarão do mercado da energia por utilização excessiva desta forma de geração. Que é como quem diz, evitar que os lucros das empresas do ramo diminuam.
Pouco me surpreende se por cá, mais dia menos dia, alguém num momento de rara sagacidade tiver ideia semelhante. Ou, quiçá, até pior. Um imposto sobre a electricidade gerada a partir da energia solar ainda é capaz de ser pouco. Há que ir mais longe. Porque não fazer o mesmo relativamente aos painéis para aquecimento de água, para compensar as empresas de gás?! Ou, melhor, sobre a utilização de estendais para secar a roupa? Os fabricantes de secadores iam ficar satisfeitos. E, num rasgo de ousadia, que tal taxar a malta que por nas praia, piscina, no quintal ou mesmo na rua, se farta de trabalhar para o bronze? Um imposto sobre o bronzeado é que era!
O rol de hipóteses parece infindável. Portanto, com um pouco de imaginação, teremos o problema das contas dos Estados resolvidos num ápice e os accionistas de um incontável numero de empresas todos contentinhos. E isto é apenas o começo. Certamente se seguirá o vento, a chuva e o ar que respiramos.



2 comentários:

  1. Não duvido nada, até porque já faltou mais. Para o socialismo o limite é a imaginação.

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  2. André Miguel

    Isto é impressão minha ou o socialismo passou a ser a ideologia dominante? É que, parece-me, da esquerda à direita anda tudo com ideias socializantes!

    Abraço
    KK

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