Portugal está cheio de gente que se indigna facilmente. Mesmo que não perceba nada acerca do assunto causador da indignação. Hoje está tudo ofendido com a Ministra das Finanças. A senhora teve o desplante - o topete, quiçá - de partilhar com os seus concidadãos a satisfação por, segundo afirmou, o Tesouro ter os cofres cheios. A tugalhada, obviamente, não gostou. Prefere, como gente esperta que é, ter os cofres vazios. Sem cheta. Assim é que é bom e bonito. Ter “algum” guardado é coisa de idiota, como todos sabemos.
Neste contexto não admira que as intenções de voto nos mesmos que esvaziaram os cofres estejam em alta. É isso que um povo ignorante - nomeadamente em termos financeiros - espera de um governante. Esperar que o conjunto de alarves a que se convencionou chamar portugueses perceba que “cofres cheios” significa ter assegurado as necessidades de financiamento para os tempos mais próximos é, manifestamente, pedir em demasia a criaturas que nem sequer percebem o motivo pelo qual se deve sempre pedir factura.
Quando li a notícia, achei algo bom no meio de tantas más. Mas oxalá que não seja mais uma mentira porque KK tem sido uma constante o que é hoje amanhã já será desmentido.
ResponderEliminarNão digo que seja uma noticia especialmente boa por que o dinheiro é dos credores...mas aproveitar agora que os juros estão baixos para assegurar financiamento futuro parece-me um bom acto de gestão da divida.
EliminarClaro que sim!
EliminarNem sequer se alcança que a divulgação, como que por acaso (e estas coisas nunca são por acaso), deste tipo de informação, serve também para condicionar os mercados e fazer baixar o juro.
ResponderEliminarIsso é pedir demais a certas inteligências...
EliminarDizem o mesmo do Salazar, que acumulou imenso ouro para Portugal e deixou o país na miséria. Como se antes dele pegar no país as pessoas não vivessem ainda mais na miséria...
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