Investimento público. Parece ser esta a única solução que o fulano que todos acham vai ser o próximo primeiro ministro tem para apresentar. E que, estranhamente, merece o aplauso de uma imensa faixa de pessoas que, pasme-se, acreditam piamente que aquilo que nos atirou para a crise é o que nos pode tirar dela. Sim, porque hoje só um tolo – e lamentavelmente ainda por aí há muitos, como demonstram as ultimas sondagens – não percebem que foi o investimento público que rebentou com isto tudo.
O país não precisa que o Estado esturre o dinheiro que não tem. Não precisamos de mais estradas, pontes, centros culturais, nem de outras merdas que não servem para nada a não ser elevar os egos e as contas bancárias de quem as promove. Nada disto traz emprego. A não ser a ucranianos e africanos, como muito bem disse Manuela Ferreira Leite. Criatura que, recorde-se, é hoje muito citada quando se comentam decisões governativas.
Do que necessitamos com urgência é de quem saiba gerir o que existe. Que não invente. Que esqueça essa coisa do investimento público, que tenha coragem de meter o investimento privado na linha e, sobretudo, que não queira fazer do país um “tubo de ensaio” para ideias parvas. Mas isso, se calhar, é pedir demasiado. O esclarecido eleitorado português jamais elegeria alguém que apresentasse um programa assim. O pessoal quer é investimento. Depois queixem-se...
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