Tenho o maior respeito pelo sofrimento dos pais das moçoilas jihadistas. Compreendo que movam este mundo e o outro para as trazerem de volta. Posso, até, concordar que o seu regresso seja permitido pelas autoridades nacionais. Mas, apesar desta pouco vulgar abertura de espírito, será absolutamente intolerável que o seu eventual retorno ao país não tenha consequências. Para elas, evidentemente. A sua viagem terá de ter como destino a prisão e, de preferência, mantidas longe da restante população prisional. Coisa que se afigura muito pouco provável atendendo à justiça que por cá se pratica.
Ao que se sabe estas jovens foram para aquele fim do mundo – para lá de onde Judas perdeu as botas – de livre vontade. Porque lhes apeteceu. Agora que a coisa, para elas, terá perdido a graça quererão voltar. Os pormenores desta súbita mudança ainda não são publicamente conhecidos – talvez sejam revelados na próxima entrevista do ministro dos negócios estrangeiros ou Marques Mendes os divulgue na SIC – mas seria de todo o interesse que fossem divulgados. Até para desmotivar outras de seguir o mesmo caminho.
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