sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eles ladram. São uns ladrões, portanto.

Esta trapalhada da subvenção vitalícia que desde ontem agita o país, está a suscitar, da parte dos defensores da medida, o desenvolvimento das mais inesperadas teses em defesa da opção entretanto retirada. Uma delas, talvez a mais rebuscada, é a de que os políticos merecem esta “atençãozinha” porque “largaram” tudo para se dedicar ao bem comum. O que quererá dizer – interpretação minha – que pelo facto de se terem dedicado à politica terão prejudicado a sua vida pessoal, a sua profissão ou negócio e descurado o seu conforto financeiro.
Se assim é, parece-me, estaremos perante uma análise muito enviesada da coisa. Se quisesse ser populista, demagogo ou evidenciar outro defeito que costumam atribuir a quem diz mal dos políticos, podia argumentar que eles não “largaram” nada. Eventualmente podem é alguns deles ter-se agarrado a qualquer coisita. Embora isso por cá nunca aconteça. Como todos sabemos é costume mais enraizado nalguns países longínquos.
O facto de não existirem ex-titulares de cargos políticos na pobreza também não abona a favor do argumentário evocado para defender a subvenção. Eu não conheço nenhum que depois de sair do cargo esteja pior do que quando entrou. Mas, admito, num dos tais países longínquos é capaz de haver um ou outro.

2 comentários:

  1. O mal de tudo e apesar de não acreditar que existam políticos a viverem com 99,9% do povo, também eu precisava e muito de uma “atençãozinha” porque o que me descontam faz-me imensa falta!

    No entanto os milhões da estrondosa dívida está à dar à costa...tal barco afundado!!!!!

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    1. Nesta história da tentativa de reposição das subvenções o que acho mais escandaloso é o facto de PS e PSD se terem logo posto de acordo quando para o resto não se entendem. Podiam ter um nadinha de vergonha nas trombas... Mas se calhar é pedir demais!

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