Poucas coisas me podiam interessar menos que a tauromaquia. Daí que a recuperação da praça de touros cá do sitio nunca me tenha entusiasmado. Nem, tão pouco, a polémica que se seguiu – e que, estranhamente, ainda se prolonga – me suscite grande interesse. A bem dizer, nem sabia ao certo os motivos que provocaram tamanha celeuma entre os apaixonados da festa brava.
O problema residirá, ao que deduzo, por o município, na qualidade de proprietário do imóvel, ter alegadamente entregue a realização de umas quantas touradas a uma empresa da especialidade. Com todos os custos e proveitos a correrem por conta da mesma. O que, assim de repente, se afigura do mais elementar bom senso. Pois que não, garantem os opositores da ideia. Bom era as corridas serem organizadas por gente da terra e as receitas reverterem a favor de associações locais. Por exemplo os bombeiros ou outras associações igualmente beneméritas.
Também não ficava mal esta última opção. Não fora um pequeno detalhe. E essa coisa das despesas ficava para quem? É que, garantem os entendidos, dada a capacidade do recinto só bilhetes com preços elevados e lotação quase esgotada garantirão algum “conforto” aos organizadores das corridas e, nos tempos que correm, juntar este dois factores é coisa para reunir um alto grau de improbabilidade. Visto assim, quase parece que existe uma corrente de opinião a defender que devem ser os contribuintes a pagar mais estas touradas. Repito, parece. Porque não acredito que possa haver quem sequer se atreva a ter tal pensamento.
Pois a mim a tourada cada vez repugna mais. Se é para ser mantida por causa da tradição, voltemos a mandar cristãos aos leões, consta que era uma festa periódica com muita tradição!
ResponderEliminarNesta "fase do campeonato" preferia inovar. Assim tipo mandar mouros aos porcos!
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