Isso da solidariedade inter-geracional é, nomeadamente, o quê? Assim à primeira vista e sem pensar por aí além na coisa supunha eu que era a geração actual a trabalhar para, com os seus descontos, financiar a reforma da geração anterior, esperando que a geração seguinte fizesse o mesmo. Mas, se nos debruçarmos ligeiramente mais sobre o assunto, talvez não seja bem assim. Ou então sou eu que não percebo muito bem essa coisa da solidariedade. É que, por mais voltas que dê, não sei por que raio hei-de ser solidário com o viúvo Constâncio. Quem diz eu, diz, por maioria de razão, um qualquer jovem que só tem acesso a empregos precários a ganhar, se tiver sorte, o salário mínimo nacional.
Reitero, portanto, a minha pouca disponibilidade para me solidarizar com o Constâncio. Gajo que, diga-se, até tem sido muito pouco solidário comigo. Ainda não me esqueci que o fulano se fartou de proclamar a necessidade de baixar salários porque, achava, andávamos a ganhar demais. Que falava da sustentabilidade do sistema de pensões, mas que se pode reformar com menos de 20% do tempo de serviço que eu preciso para poder fazer o mesmo. Solidariedade?! Não percebo...
Eu trabalhei para garantir a minha reforma, tu a tua ou seja, novos garantem a sua reforma e não a anterior e assim sucessivamente. Mas deveria ser assim...mas resolveram investir os fundos da Segurança Social e da CGA no casino espatafúrdio mundial numa de tapar furos e agora dizem isso. Julgo eu de que...
ResponderEliminarQuanto a Constâncio nem sabia que era viúvo...só sei que deu à sola antes de rebentar o caso BPN que não fez rigoramente nada enquanto governador do Banco de Portugal. É desse que falas não é?
Mas foi tremendamente doentio e angustiante quando berravam nas televisões que os cortes da pensão de sobrevivência era a partir dos 419€, depois já se fala nos 600€ e com a tal fuga já era 1.500€ e afinal agora PP veio dizer que era a partir dos 2.000€ e numa só pensão...oque de facto sossegou imensos reformados/viuvos e viuvas...incluindo a minha pobre mãe.
Também não sei o significado real da "solidariedade inter-geracional", a não que seja que andei uma semana a acalmar a minha velhota e outros que andavam bem preocupados.
O que me revolta é que a quem trabalha e ganha 800 ou mil euros e tem filhos para criar se podem roubar o abono de família ou reduzir o ordenado e não há nenhum drama. Agora se for um reformado que ganha duas, três ou dez vezes isso, aqui d'el rei que não pode ser. Mas esta tudo maluco ou sou só eu que estou a bater mal?!
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