A CGTP parece decidida a manifestar-se na Ponte 25 de Abril. Percebo a intenção. Acham, talvez, que a história se repete. Foi ali, com os protestos contra as portagens, que começou a cair o cavaquismo. Recordo ainda como um individuo, que mais tarde teve funções governativas e dirigiu dois dos maiores bancos nacionais, por lá passou todo ufano sem pagar portagem. Para telespectador ver, obviamente. Presumo que o estado calamitoso em que está o país, a banca em geral e em particular o banco onde o senhor trabalhou, nada tenham a ver por gente daquela estirpe ter chegado aos lugares onde o nosso destino é decidido.
Tal como também presumo que o facto de o protesto de então ter sido liderado por pessoas pouco recomendáveis – alguns terão até sido condenados por tráfico de droga – não incomode quem atribui àquela desordem um simbolismo vagamente idêntico ao de uma revolta popular. Que – mas isto sou só eu a presumir – pretende reeditar. Para bem de todos esperemos é que, desta vez, nenhum dos eventuais figurantes chegue ao governo ou a manda chuva na banca.
Continuando em matéria de presunções desconfio que, nesse dia, os transportes públicos não estarão em greve e que, a transportar os manifestantes, não faltarão carrinhas e autocarros de Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. O costume, portanto.
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