Diz que se assinalou
hoje o dia do cigano. Talvez tenha estado desatento - ou mais
preocupado com isso da crise – mas não dei conta de comemorações
a assinalar a efeméride. O que, a não ter acontecido, se revela a
todos os títulos inconcebível e me deixa deveras desapontado. Não
digo a distribuição de casinhas, cheques do rendimento mínimo ou,
para as mulheres ciganas, broches com a figura de um sapo. Não era
preciso tanto. Chegava uma festa, um almoço, um lanche ao menos. Mas
não. Nada. Népias.
Vão ver esqueceram-se.
Mas pior que o esquecimento é organizar debates, colóquios,
simpósios ou o raio que os parta. E disso fizeram uns quantos. A
participação deverá ter sido intensa e as conclusões, presumo,
brilhantes. Ou não fossem os ciganos conhecidos pela intensidade das
suas participações em coisas e pelo brilhantismo das suas
conclusões. Acerca das coisas. Também. Talvez mais para a noite se
ouçam uns tiros. Para o ar ou noutra direcção qualquer. É, ao que
consta que eu não sei nada disso, a forma costumeira desse pessoal
comemorar datas importantes. Para eles, claro.
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