domingo, 26 de janeiro de 2014

Goste-se ou não essa coisa do paradigma é mesmo para levar a sério

Muitos autarcas têm vindo publicamente – assim como a ANMP, a sua associação representativa – lamentar que a receita cobrada do Imposto Municipal sobre Imóveis tenha ficado substancialmente aquém das expectativas. Nalguns casos, ao que garantem, terá mesmo ficado abaixo daquilo que receberam em anos anteriores. Reclamam, por isso, que o governo lhes dê uma mãozinha porque, afiançam, estavam à espera que a recente reavaliação dos prédios proporcionasse às autarquias uma receita bastante mais avultada o que, por não se concretizar, colocará muitos municípios numa situação complicada em termos financeiros.
Ou autarcas viam neste imposto uma espécie de galinha dos ovos de ouro. O pior é que, para ganhar eleições, optaram por baixar as taxas do IMI que vinham cobrando e de reduzir, ou mesmo abdicar, de outras receitas que legalmente cabem às autarquias locais. Vir agora com estas lamurias mais não é do que chorar lágrimas de crocodilo. É que isto não se pode querer ter o melhor de dois mundos. Não cobrar dinheiro ao eleitores, por um lado, e dar-lhes muitos apoios sociais, divertimentos e obras com fartura, por outro, é uma equação impossível. Mas vá lá alguém convencer os autarcas que este é o nosso novo e irremediável paradigma...

2 comentários:

  1. Ninguém os convence porque é tudo farinha do mesmo saco...e há poucas câmaras, para não dizer nenhuma...que n~eo esteja super endividada e mantendo o faz-de-conta com promessas falsas.

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    1. Há um número surpreendentemente elevado de Câmaras que têm uma situação financeira equilibrada. Arriscaria cerca de 100...O que não quer dizer que, mesmo nessas, não se cometam as maiores tropelias!

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