Muitos
autarcas têm vindo publicamente – assim como a ANMP, a sua
associação representativa – lamentar que a receita cobrada do
Imposto Municipal sobre Imóveis tenha ficado substancialmente aquém
das expectativas. Nalguns casos, ao que garantem, terá mesmo ficado
abaixo daquilo que receberam em anos anteriores. Reclamam, por isso,
que o governo lhes dê uma mãozinha porque, afiançam, estavam à
espera que a recente reavaliação dos prédios proporcionasse às
autarquias uma receita bastante mais avultada o que, por não se
concretizar, colocará muitos municípios numa situação complicada
em termos financeiros.
Ou
autarcas viam neste imposto uma espécie de galinha dos ovos de ouro.
O pior é que, para ganhar eleições, optaram por baixar as taxas do
IMI que vinham cobrando e de reduzir, ou mesmo abdicar, de outras
receitas que legalmente cabem às autarquias locais. Vir agora com
estas lamurias mais não é do que chorar lágrimas de crocodilo. É
que isto não se pode querer ter o melhor de dois mundos. Não cobrar
dinheiro ao eleitores, por um lado, e dar-lhes muitos apoios sociais,
divertimentos e obras com fartura, por outro, é uma equação
impossível. Mas vá lá alguém convencer os autarcas que este é o
nosso novo e irremediável paradigma...
Ninguém os convence porque é tudo farinha do mesmo saco...e há poucas câmaras, para não dizer nenhuma...que n~eo esteja super endividada e mantendo o faz-de-conta com promessas falsas.
ResponderEliminarHá um número surpreendentemente elevado de Câmaras que têm uma situação financeira equilibrada. Arriscaria cerca de 100...O que não quer dizer que, mesmo nessas, não se cometam as maiores tropelias!
Eliminar