A maioria dos municípios portugueses estão profundamente endividados e, mesmo os que não estão, não têm recursos financeiros para fazer face às suas atribuições ou respeitar de forma célere os compromissos que os seus autarcas assumem. Ainda assim, a imaginação que evidenciam na obtenção de receitas para os cofres autárquicos é quase nula e a preocupação em cobrar as poucas de que dispõem é ainda menor. Em suma, por cá, o lema parece ser não incomodar o eleitor.
Em Nápoles, Itália, é que as coisas não são bem assim. O município local vai criar uma base de dados com o ADN dos canitos lá do sitio, que permitirá identificar os autores dos dejectos deixados na via pública e, de seguida, apresentar a multa ao respectivo dono. Fácil, barato e, de certeza, muito lucrativo. E, diga-se, da mais elementar justiça.
Obviamente que em Portugal uma medida desta natureza seria ilegal. Inconstitucional, na certa. Violaria a privacidade dos bichos, dos donos e não haviam de faltar providências cautelares, petições, debates e todas as parvoíces a que já nos habituámos. Nenhum autarca, por mais enterrada em dividas que esteja a câmara que dirige, seria capaz de algo parecido. Para quê? É muito mais fácil aumentar o IMI ou ficar a dever aos fornecedores.
A sério? Esta história de Nápoles é verdadeira? Hoje não é dia 1 de Abril no blogue do KK, não?
ResponderEliminarSó lhe digo, tenho muito respeito por quem anda na rua a recolher a coisa dos cães para analisar. A vida não é fácil, oh oh!
Penso que a história será verdadeira...Mas seja como for isto é como gosto de dizer: "Não deixe que a verdade estrague uma boa história..."
EliminarA medida devia ser alargada, criar uma base de dados com o ADN também dos donos...
ResponderEliminarTalvez. Até porque uma não invalida a outra.
EliminarPor cá não sei se seria ilegal...só sei que muitos donos continuariam a fazer o mesmo.
ResponderEliminarAcredito. Isto é um país de brincadeira...
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