segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Ainda essa coisa da lei da cópia privada, ou lá o que é.

Esta é uma daquelas leis com que ninguém concorda. Excepção feita, naturalmente, aos seus autores e aos que dela beneficiam. O objectivo da legislação, assumido descaradamente por alguns e reconhecido em surdina por quase todos, é apenas compensar financeiramente um sector de actividade que viu os seus rendimentos reduzidos nos últimos anos. Como, de resto, aconteceu com quase todos os portugueses.
Pena que o governo não tenha pensado, também, em ressarcir todo o resto da sociedade portuguesa afectada pela alegada crise. Talvez, se assim fosse, a dita lei conseguisse reunir mais simpatias. E o que podia o governo fazer? Muita coisa. Veja-se, por exemplo, os clubes e associações desportivas. Tal como os cantantes se queixam das câmaras já não comprarem tantos espectáculos, também os clubes viram os apoios municipais drasticamente cortados. Ora o que espera o governo para criar uma taxa sobre as bolas e todo o restante material desportivo, cuja receita reverta para as entidades que, de norte a sul, promovem o desporto?
Mas isto é apenas um exemplo. Com imaginação conseguia-se satisfazer quase toda a gente. E no fim, para os poucos a quem não fosse possível acudir pela via da taxa, podia sempre arranjar-se um imposto social. Assim tipo fiscalidade verde. Depois diminuía-se a sobretaxa de irs e ficávamos todos felizes.

4 comentários:

  1. Essa protecção aos pobres artistas foi algo que sempre me irritou profundamente.
    E é um mal que parece querer agravar-se.

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    1. O governo está com medo que vão todos apoiar o António Bosta e, por isso, resolveu dar-lhe este rebuçado.

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  2. Fora outros considerandos que se poderiam fazer em redor desta lei, apenas duvido que se consiga o objectivo. Porque a pirataria está nos dois lados. Fora da lei e dentro dela.
    E mais não digo.
    Abraço

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    1. O problema desta lei não é, propriamente, o presente. Para já serão apenas mais uns cêntimos ou poucos euros em aparelhos de maior capacidade. A chatice - para o consumidor, claro - vai ser quando os equipamentos tiverem 20 ou 30 vezes mais capacidade de armazenamento do que têm agora. A minha primeira pen tinha 64 Megas e não foi assim há tanto tempo...

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