sexta-feira, 28 de junho de 2013

Não suporto piquetes de greve. Seja lá isso o que for.

Nunca percebi muito bem a legitimidade – e sublinho legitimidade - de um piquete de greve. Que é o que chamam a um grupo de gajos - por vezes também há gajas – estrategicamente colocados à entrada de uma fábrica, estaleiro ou seja lá o que for. Nem, sequer, entendo a permissividade e a tolerância com que são tratados por quem tem como obrigação manter a ordem e assegurar a liberdade de circulação daqueles que, mesmo em dia de greve, pretendem trabalhar.
Tem esta malta – a dos tais piquetes – a intenção de intimidar aqueles que escolheram outra opção. Coisa que a mim, mas se calhar é algum problema meu, parece muito pouco coincidente com o conceito de democracia e nada respeitadora dos princípios da livre escolha em que assenta a sociedade em que todos – ou, pelo menos, a esmagadora maioria – pretende viver. Verdade que o pessoal dos piquetes é, também ele, livre de escolher as suas opções. Mas, que é que querem, faz-me espécie que não optem por aproveitar o dia de greve para ficar na cama até mais tarde em lugar de ir aborrecer quem apenas quer trabalhar.
A patética tentativa de evitar a saída de autocarros da carris, que pode ser apreciado num vídeo amplamente divulgado na net, é por demais evidente que era na caminha que deviam estar os elementos do piquete de greve. Uns quantos deitaram-se no chão, provavelmente cheios de sono, e necessitaram mesmo da ajuda dos agentes da autoridade para se levantar. Outros perguntavam insistentemente, enquanto a policia os afastava para abrir caminho à passagem dos autocarros, porque é que os estavam a empurrar. Era, digo eu, para não serem atropelados. Ou então porque não saíram quando os agentes amavelmente lhes solicitaram que evacuassem a área. 

6 comentários:

  1. Mau caro 'KK'

    O direito à greve, consagrado na Constituição da República Portuguesa, é um direito de todos os trabalhadores.

    Sobre isto parece não haver dúvida.

    O que me 'lixa o capacete' é que os tais piquetes da dita cuja têm, na maioria dos casos, uma postura que não é digna de quem diz defender os direitos dos trabalhadores.

    Já enfrentei alguns elementos pertencentes a piquetes que queriam impedir a minha entrada nas instalações de trabalho.

    Sempre levei a melhor. A bem ou a mal.

    O meu amigo consegue arranjar um folheto para distribuir aos gajos dos piquetes, onde lhes fale dos direitos e deveres, deles e de quem quer trabalhar?

    Erra porreiro pá.

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  2. Observador

    Essa malta, de uma forma muito democrática, não admite opiniões contrárias. E depois põem cada energúmeno a dissertar sobre os motivos das greves! Não podiam arranjar antes umas gajas boas?

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  3. Concordo com tudo o que dizes e por duas ou três vezes passei mesmo o piquete de greve sem lhes ligar alguma. Um dia um gajo ripostou e eu só lhe perguntei: paga-me o dia? Ah isto e mais aquilo...pois então sou livre e fui trabalhar.

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  4. Também, no âmbito dos direitos democráticos de cada cidadão, não concordo com essa postura que mais não é do que um atropelo a quem não partilha da mesma opinião dos grevistas, por muita razão que lhes assista, acabam por a perder.

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  5. Fatyly

    Também não lhes costumo ligar nenhuma...e, verdade se diga, eles fazem-me o mesmo.

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  6. Maria Mar

    A atitude dos piquetes acaba, muitas vezes, por prejudicar a imagem que os cidadãos têm dos grevistas. Mas vá lá fazê-los perceber...

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