Não
faço juízos de valor acerca da greve dos professores. Primeiro
porque não tenho nada que os fazer, segundo porque quem perde o seu
o tempo a ler o que por aqui vou escrevendo sabe o que penso em
relação a algumas das questões que conduziram a esta luta e, por
último mas mais importante, porque não me apetece.
Há,
no entanto, algo que me inquieta. Muito deve ter mudado no
sindicalismo nacional desde o tempo em que eu ligava a essas coisas.
Recordo-me de, nessa altura, por ocasião de uma greve da função
pública que se realizou praticamente nas vésperas de umas eleições
quaisquer, um sindicato ter recomendado aos
grevistas que, apesar da greve, fosse garantido que a realização do
acto eleitoral não sairia prejudicada.
Pouco
me importa se eram os sindicatos de antanho que estavam certos e os
de agora que estão errados. Ou o contrário. Ou se ambos estão
certos. Ou ambos errados. Mas tenho a certeza quanto a uma coisa.
Alunos, funcionários públicos e professores são muito mais
importantes do que políticos ou sindicalistas. O passado não deixa
dúvidas quanto a isso. E o presente também não.
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