sexta-feira, 7 de junho de 2013

Menos uma hora para consumir

Notáveis algumas ideias que tenho lido cerca do aumento do horário de trabalho na função pública. Que é para aproximar do que se pratica no sector privado, diz quem acredita na versão oficial. O que, acrescenta, se trata de uma questão  da mais elementar justiça relativamente aos restantes trabalhadores. Talvez seja. Ainda que, mas isso deve ser defeito meu, me pareça que esta posição evidencia mais um sentimento de vingança do que de qualquer outra coisa.   
Que assim, há quem defenda esta tese, graças ao prolongamento de horário dos funcionários públicos – esses malandros, convém acrescentar – o cidadão comum, que se farta de trabalhar para manter essa cambada de gabirús, tem mais tempo tratar dos seus assuntos nas repartições públicas. Embora, saliente-se, hoje em dia quase tudo se possa fazer a partir de casa. Ou de qualquer outro local, com um desses aparelhos ultra modernos que os tugas compram mal são lançados no mercado. É que essas traquitanas, não sei se a generalidade do pessoal sabe, dão para fazer mais coisas do que estar ligado ao facebook. 
Por mim, já escrevi em diversos posts, não me aquece nem arrefece. É-me indiferente. O mesmo não sei se poderão dizer muitos dos que agora se regozijam por ver aplicado mais um “castigo” aos vizinhos, conterrâneos ou compatriotas. É que ainda estamos para ver o impacto que este prolongamento de horário vai ter nos sectores privados da economia. Desconfio, mas isso sou eu que tenho a mania de fazer contas, que é capaz de não ser lá muito positivo. Que o Estado vai gastar mais, disso não tenho dúvidas. Que os funcionários ficam com menos uma hora para gastar dinheiro, também não...

1 comentário:

  1. Quanto a mim, e pode-se confirmar pela história dos factos, não tem havido medidas contra os funcionários públicos que não afetem a economia. Esta é mais uma: aumenta o horário, menos uma hora para compras, efectivamente, menos necessidade de contratar tanto no público como no privado, mais gente em mobilidade, mais gente no desemprego, maior recessão, mais afundanço!...

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