Rondão de Almeida, seja lá qual for o papel que desempenha na Câmara de Elvas, tem uma longuíssima legião de admiradores naquela cidade. O resultado está à vista. Reeleições sucessivas, maiorias esmagadoras e, como sempre sucede relativamente a estas pessoas, gente capaz de por ele, como dizia a minha avó, dar o cú e mais cinco tostões. Entre os quais alguns eleitores de localidades vizinhas, manifestamente impressionados com a obra que o fulano ergueu na cidade raiana. Onde – prova da evidente modéstia do senhor – tudo se chama “Rondão de Almeida”. Desde faraónicos “coliseus” a parques de estacionamento. Passando, talvez, por algum sanitário mais catita.
Quando a lei travou a sua eternização no poder, inconformado com tamanha injustiça, o homem tratou de arranjar um delfim. Que agora, ao que rezam as crónicas, se aborreceu do seu papel. Secundário, ao que parece, pois o principal continua, alegadamente, a pertencer ao outro. Mas a busca de maior protagonismo por parte do presidente eleito não foi pacifica. Zangaram-se com ele por não se limitar a desempenhar o lugar sem aborrecer quem trabalha. Realmente não se compreende que um presidente eleito tenha o desplante de pretender mandar alguma coisa.
O que também não se compreende é o silêncio do líder do Partido Socialista relativamente a esta questão. Nem um pio do Tozé. Quando, acho eu, muito havia para explicar. A começar pelo facto de ter permitido a inclusão do antigo presidente – impossibilitado de se candidatar ao lugar – na lista de candidatos à Câmara. Só um cego não viu que o resultado, mais cedo do que tarde, ia ser este.
Sem comentários:
Enviar um comentário