segunda-feira, 16 de junho de 2014

Caça ao proprietário. Não devia ser ao incendiário?!

Chegou o calor a sério e, com ele, a época de incêndios. O que suscita, como habitualmente, o costumeiro rol de acusações contra os malvados proprietários que não limpam os seu terrenos. Uns malandros, esses campónios, que deviam ser severamente punidos, garante a malta das cidades.
Ora aí, nisso da punição, é que bate o ponto. Era competências das Câmaras Municipais aplicar a multazinha a quem não procedesse à limpeza dos terrenos de sua propriedade. Era, mas já não é. E deixou de ser porque – diz – nunca ninguém foi multado. Por causa disso – a inoperância municipal - vai agora ser outra entidade qualquer a apresentar a conta a quem não tiver o mato devidamente cortado.
Por mais diligente que a nova autoridade se revele, é capaz de ser problemático encontrar a quem apresentar a multa. Muito me engano eu se, num número astronómico de casos, os proprietários não tiverem já quinado. E, bem assim, os herdeiros. E, às tantas, até os herdeiros dos herdeiros já se lhes juntaram. “Ah, e tal, multa-se a herança”. Pois, Deve ser, deve... Mas, ainda que assim seja, cobrar a “respectiva” é capaz de constituir outra dor de cabeça. O melhor para todos, parece-me, seria nessas circunstâncias o Estado ficar com o terreno. Assim uma espécie de reforma agrária. Era um alivio para os actuais “donos” e passava a andar tudo num “brinquinho”. Era um gosto ver. Aposto.

3 comentários:

  1. Concordo contigo e ver para crer!

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  2. Não me admiraria se o Estado não for já proprietário de alguns desses terrenos.
    Mais do que coimas, penso que seria mais eficaz ajudar os proprietários na limpeza dos terrenos sempre que se tratasse de pessoas idosas sem posses em aldeias do interior.

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  3. E não termina esse flagelo, não se apanham esses selvagens, esses criminosos :(

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