Nem vale a pena continuar a bater no ceguinho. Tudo, desde o primeiro dia, revela que nada aprendemos com os erros cometidos. Pelo contrário. Continuamos a achar que fizemos tudo certo, que estávamos no bom caminho e que, quanto antes, devemos voltar ao velho e bom modo de governação que nos desgraçou.
No entanto, simultaneamente, achamos muitíssimo bem que se cortem os vencimentos aos funcionários públicos. Esses malandros com mais privilégios que o resto da população. Também nos parece relativamente justo que se diminuam as reformas. Isso de haver velhos a auferirem milhares de euros de pensão à custa dos novos que nunca irão saber o que é a condição de reformado tem de acabar. É o que garantem os trabalhadores mais novos. E os sucessivos aumentos dos descontos para a ADSE? Bom, disso nem é bom falar… A tal ADSE que um destacado socialista já garantiu ser para extinguir.
Defendemos – enquanto povo, obviamente – a austeridade e o seu contrário. Que é como quem diz: Não sabemos o que queremos. Só isso pode explicar que nos preparemos para voltar a eleger aqueles que se orgulham de ter rebentado com o país e com as nossas vidas. As tais que pretendemos ter de volta.
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