sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

O saco de plástico

Continuo a achar que o imposto sobre os sacos de plástico é uma parvoíce. Mas, reconheço, a minha é uma posição que não reúne muitos adeptos. Pelo contrário. A maioria parece concordar e - confesso o meu espanto – esta medida tem até defensores tão acérrimos quanto improváveis.
Hoje encontrei um deles. Uma, no caso. Foi no mercado semanal, onde os vendedores continuam a oferecer os sacos, que ocorreu a cena que descrevo:

Vendedor, dirigindo-se à Maria que acabava de adquirir produtos hortícolas em quantidade superior à expectável - Veja lá se quer um saquinho...

Maria – Pois... se calhar é melhor, já não tenho onde acondicionar a alface...

Cliente idosa, toda empinocada e a armar em ambientalista – Sacos?! Está a dar sacos?! Não pode. É proibido!

Enquanto Maria e Vendedor ignoram liminarmente a criatura, Eu a pensar baixinho – Cala-te senhora idosa, agora apelidada de sénior, filha de um marido encornado e de uma senhora que provavelmente prestava serviços remunerados de índole sexual.

Cliente idosa, toda empinocada e a armar em ambientalista – Fazem-se as leis e ninguém as cumpre. Por isso é que este país não avança...

Eu, novamente a pensar baixinho – Tem razão a senhora... e se ficou assim por causa do saco nem quero imaginar como vai ficar quando o homem não lhe passar factura.

Sim, porque DE CERTEZA pediu factura...

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