sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Os críticos da austeridade de hoje são os seus apoiantes de ontem...

Ando desde tempos imemoriais a manifestar o meu desagrado com a austeridade. Ainda muitos dos que hoje a criticam eram seus indefectíveis adeptos.  Por essa altura, governava o agora preso 44 do Estabelecimento Prisional de Évora, não faltava quem defendesse as medidas austeras que os sucessivos PEC´s iam impondo. Eram, também, em grande número os que rebatiam os meus argumentos, que garantiam ser esse o único caminho a seguir e que -  os mais simpáticos - me achavam completamente burro por não perceber uma coisa tão evidente. Tratava-se, para os mais esquecidos, de aumentar impostos, reduzir vencimentos, encerrar serviços públicos e retirar, entre outras coisas, o abono de família a quem ganhava setecentos euros. Tudo uma barbaridade agora mas, na época,  um conjunto de intenções virtuosas.
Simultaneamente fui sempre manifestando a disponibilidade de dar a mão à palmatória se, por acaso, essas opções acabassem por resultar.  Lamentavelmente parece que nunca o chegarei a fazer. Continua por provar o seu bom resultado como, presumo, concordarão os que então me criticavam.
O que sempre defendi é algo muito diferente. Chama-se rigor. Trata-se, apenas, de usar da parcimónia na gestão do dinheiro dos contribuintes. Conceito que nada tem a ver com austeridade mas que é todos os dias ostensivamente ignorado por centenas ou milhares de decisores  políticos. A imagem que acompanha o post é só um pequeníssimo exemplo disso. Uma atrocidade financeira  entre as muitas  que nos vão empobrecendo. Mas é disto que o povo gosta...

2 comentários:

  1. É tal e qual e Basílio Horta já anda em plena campanha eleitoral onde promete fazer tudo inclusive coisas que nunca passaram do papel. Por outro lado vejo coisas de bradar os céus onde é esturrado o dinheiro público e como travar isso? Não sei, sinceramente...metem nojo!

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    1. Apenas com uma mudança muito grande de mentalidades é que será possível acabar com estas coisas e torná-las socialmente inaceitáveis. Enquanto isso não acontecer é impossível. Até porque os são financeiramente analfabetos e apreciam muito os políticos que lhe esturram o dinheiro. Depois queixam-se...

      Bom fim de semana!

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