Esta historieta de agora termos mais pobres do que em 1974 está muito mal contada. Principalmente quando aqueles que insistem em contá-la ou ainda não eram nascidos nessa altura ou já se esqueceram do que era a vida no Portugal de então. São duas realidades distintas. Incomparáveis. A pobreza de hoje, que é muita, nada tem a ver com a pobreza de há quarenta anos.
Calças “Lois” ou sapatilhas “Sanjo” não estavam, em 1974, ao alcance de todos. Hoje os jovens que estatisticamente são considerados pobres vestem roupa e calçam ténis de marca e possuem todo o tipo de tecnologia topo de gama. Como aquela mocinha que, um destes dias, reparando no meu telemóvel Samsung E 2230 de 24,90 euros, me confidenciou ter sido um igual o seu primeiro telefone portátil. Mas isso foi há muito tempo. Agora, mostrou-me toda satisfeita, tem um aparelho todo catita que custa seiscentos euros. Daqueles que só falta fazer tostas. Oferta do namorado que, tal como ela, recebe o RSI e vai trabalhando naqueles programas ocupacionais para entreter o tempo.
Realmente fico pasma com cenários desses vindas de pessoas que dependem de subsídios, até recebem ajuda alimentar. Aqui conheço alguns e algumas "ilusionistas" e só pode ser pela "via do gamanço" caso contrário seria totalmente impossível. Também incluo as roupas e sapatilhas de marca.
ResponderEliminarHá dias ouvi uma conversa entre dois putos mais sabidos do que eu: ó manoooo é fácil, pegas num gato, atiras para as cordas e topas meu...ca*** tens tudo e não és apanhado.
É assustador a impunidade que sentem uma certa camada de jovens onde não existe qualquer "registo de regras e educação".
Por vezes penso que os tais 6 meses de recruta deveria ser obrigatória, porque talvez mudasse muita coisa. Não há dinheiro? Haver há...ó se há!!!!
Isto dos chamados apoios sociais é uma grande história. Há situações em que a segurança social paga a renda, água, luz, gás e providencia o fornecimento de alimentação e roupa. Depois o RSI dá para o telemóvel, o tabaco e as bejecas. Se isso é uma vida que cause inveja? Obviamente que não. O problema é que ajudas que deviam ser pontuais tornam-se definitivas...
EliminarQuanto a não haver dinheiro... vou um destes dias publicar um mapa com uns números que todos os portugueses deviam conhecer. Aí verás que não há mesmo dinheiro. Podemos é considerar - e parece-me que ambos consideramos - que o pouco que existe é muito mal gasto.