terça-feira, 5 de agosto de 2014

Alarves!

Aldeias essas onde ainda se afogam os gatos bebés, onde se bate nos cães só porque sim, onde se alimenta os cães com ossos...”
Encontrei esta alarvidade por aí. Deve, presumo, ter sido escrita por algum auto proclamado defensor dos animais. Uma daquelas criaturas citadinas para quem as pessoas do campo são todas uma cambada de atrasados mentais.
Não sei que aldeias conhece esta besta que anda por aí a consumir o nosso precioso oxigénio. Também não desconfio que método é hoje utilizado para controlar a proliferação de gatos indesejados e se, seja ele qual for, é diferente consoante o gato nasça numa cidade, numa vila ou numa aldeia. Mas, caso seja o mencionado, acho mal. Seria preferível fazer a interrupção da gravidez à gata. Aí, quase de certeza, o urbano depressivo autor da tirada já estaria de acordo. Ou, no mínimo, proporia um referendo.
Ignoro igualmente se a violência contra os animais será maior no campo do que na cidade. Provavelmente não existirão dados que permitam concluir alguma coisa. Contudo, se tivermos a violência doméstica como indicador, a coisa deve andar ela por ela. Por mais que isso custe aos javardolas que se acham muito evoluídos por morarem na cidade. Que, no pequeno cérebro e enorme ego daquela gentinha, significa Lisboa e arredores...
A parte a que achei mais piada, apesar das anteriores também serem jeitosas, foi o regime alimentar que o fulano acha que se pratica nas aldeias e que, diga-se, nada tem de mal. Os meus cães sempre comeram ossos e os meus gatos as espinhas do peixe. Adoravam, nunca tiveram problemas de saúde por causa disso e - a maior parte deles – morreram de velhice.
Este tipo de gente – arrogante, parvo e profundamente ignorante – deve pensar que sempre existiu, desde os tempos imemoriais, ração para animais de companhia. Desconhece que isso é uma invenção relativamente recente e que, mesmo existindo, cinquenta anos as pessoas não tinham dinheiro e as prioridades eram outras. Nomeadamente conseguir comida para os filhos. Depois, se sobrasse, então comiam os animais. Prioridades.

10 comentários:

  1. É mesmo uma questão de prioridades. E de bom senso, já agora.

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    1. Claro. Mas infelizmente há muita falta de senso quando se fazem certas afirmações.

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  2. E é esta malta que chama provinciano a outros....

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    1. Uns totós que, como dizia a minha avó, sabem lá o que é amar a Deus...

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  3. Acho imensa piada aos defensores fascistas dos direitos dos animais que são vegetarianos e que nos querem impor o vegetarianismo. A não ser que os seus animais de estimação sejam vegetarianos, eu não deixarei de ser omnívero.

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    1. É a ditadura do politicamente correcto que nos vai fazer ter um triste fim.

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  4. dar-lhes ossos ou espinhas pode ser pouco, mas tratá-los mal essa é que não... e isso merece punição.

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