quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Quando ouço falar em cultura agarro-me logo à carteira...

Há quem goste de dizer que os tempos de crise são também de oportunidades. Talvez sejam. Pelo menos para um empresário da área do espectáculo, nas palavras do próprio, estarão mesmo a ser. O homem, com a concorrência desleal das autarquias muito menos activa, estará a facturar bastante mais do que em anos anteriores. O que, sem dúvida, são boas noticias. Para ele e para os contribuintes.
Nunca percebi o motivo por que as Câmara Municipais entendem que se devem armar em promotoras de espectáculos. Felizmente a tendência está em quebra acentuada mas, ainda assim, há quem persista na ideia. Parva, diga-se. E também claramente intrusiva num campo que devia ser ocupado em exclusivo pela iniciativa privada. Onde, tal como noutros aspectos, o mercado terá de funcionar.
É que isto dançar sem música debaixo de um jacto de água, como vi já lá vão uns anos, pode ser muito bonito e de grande intensidade cultural se o espectáculo for à borla e o município suportar o cachet dos “artistas”. Com entradas pagas, desconfio, é capaz de ser ligeiramente diferente. Assim mais do tipo “os palermas esqueceram-se de ligar a música e isto tinha mais piada se fosse a eleição da miss t-shirt molhada”. 

9 comentários:

  1. Confesso que não sei a que (quem) é que se refere.

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    1. É apenas um texto critico em relação ao despesismo das autarquias. No caso quando se transformam em agências de espectáculos, que oferecem gratuitamente à população, impedindo que o negócio seja explorado pela iniciativa privada. Esturrando dinheiro público, limitando a criação de emprego e a cobrança de impostos, portanto.

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    2. Assisti (era todos os dias e a toda a hora) à chachada daqueles programas televisivos que correm as autarquias com o nacional cançonetismo.
      Até no consultório médico (cá fora) tive que gramar com essa xaropada!

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  2. Concordo contigo e a par disso a Câmara para além de investir nessas tretas para pacóvios e sustentando saloios...deixam de lado coisas que de facto deveriam ser preservadas tal como o "Museu do Brinquedo" em Sintra. Como sempre as promessas caem em saco roto e por estas bandas é só festarolas de meter medo ao susto e a encherem jardins com máquinas de ginásticas em que a maioria estão às moscas. Quem irá pagar? Pois...surrateiramente lá virão mais taxinhas na água, na luz no raio que os parta.

    Sobre o Museu do Brinquedo e se tiveres para aí virado lê aqui neste blogue que acompanho:

    http://riodasmacas.blogspot.pt/

    Um abraço

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    1. Ora aí está uma área - os museus - que qualquer município faz muito bem em investir. Por cá temos vários e constituem uma mais valia para a terra. Já o Toni Carreira e outros que tais, esses, mais valia não virem.

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  3. As autarquias estão (em Portugal) muito endividadas, e não foi só por pagarem espectáculos musicais.
    Se é o seu papel ou não é uma grande discussão.
    Bj.
    Irene Alves

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    1. Para organizar espectáculos há as empresas especializadas na matéria. Assim que os cantantes terminam as suas actuações o que é que fica na terra? Nada. Népia. Só a conta para os munícipes pagarem...

      Obrigado pela visita e pelo comentário.

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  4. A minha autarquia aposta em várias áreas. E em todas com a qualidade como denominador comum. Trabalha-se com cabeça tronco e membros.
    O exemplo de um evento que está a chegar. O 'Sol da Caparica'. Espaço para música e surf. Devidamente enquadrados, claro.
    No dia de ontem e em face dos bilhetes/passes vendidos, estava coberta a despesa. A partir daqui é lucro. Sem pimbalhadas e com um cartaz que agrada a toda a gente. Cultura, portanto.
    Isto para dizer que neste como em tantos outros acontecimentos, a autarquia não esturra dinheiro público de forma disparatada.

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    1. Quando se trata de apoiar artistas locais ou promover a cultura local todo o dinheiro é bem empregue, O que exceda isso é, na minha opinião, quase um crime financeiro. Seria o mesmo que contratar jogadores profissionais para a equipa da terra....

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