A quase totalidade dos especialistas em assuntos fiscais advoga a tributação dos contribuintes em função do rendimento. O bom senso e a sensibilidade social também. Estou-me nas tintas para os três. Não sou especialista em coisa nenhuma, o conceito de bom senso é muito relativo e quanto à sensibilidade social, isso, tem dias.
Isto para dizer que não gosto da taxação que incide sobre os rendimentos do trabalho, das pensões e do capital. Trata-se de um roubo à descarada a um grupo restrito de pessoas, constitui um desincentivo à poupança e deixa nas margens do sistema uma imensidão de gente a rir-se dos parvos que pagam por todos. A tributação devia ser feita, preferencialmente, sobre o consumo. Quem mais ganha mais consome, por norma adquire produtos mais caros, pelo que não estou a ver onde residiria a alegada injustiça social – um papão que muitos gostam de agitar - que tal sistema criaria.
Daí que, num sistema fiscal como o que prefiro, não me chocasse essa coisa da fiscalidade verde. Taxar sacos plásticos - nesse contexto, reitero - até seria uma medida razoável. Só os paga quem quer. E, no actual estado de coisas, eu não quero. Significa isso que, quando o stock acabar, o balde do lixo volta a ser forrado com o jornal. A “Dica da semana”, de preferência. O ambiente agradece. Ou não.
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