segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Tragam a calculadora!

Se fosse munícipe do Porto a noticia do regresso de Pedro Burmester à Casa da Música - o mamarracho onde, recorde-se, foram esturrados mais de cento e onze milhões de euros - deixava-me preocupado. Assim, enquanto contribuinte, os motivos que estão subjacentes ao seu regresso deixam-me só ligeiramente apreensivo.
Diz que o homem prometeu – e, pelos vistos terá cumprido - não actuar na cidade do Porto, sua terra-natal, enquanto Rui Rio fosse presidente da câmara. Isto como forma de protesto contra a politica do ex-autarca em relação à cultura. Contra a maneira rigorosa como o anterior edil geria o dinheiro dos contribuintes, portanto. Agora, parece, tudo mudou e o pianista volta, feliz e contente, a dar largas ao seu talento na cidade onde nasceu.
Acreditar que o pessoal das artes, da cultura ou a intelectualidade de esquerda em geral, venha a perceber um dia o conceito de rigor na gestão do dinheiro público ou entenda que entre pão e circo a escolha terá de ser, inequivocamente, pelo primeiro, é ter as expectativas demasiado elevadas em relação aquela malta. Por isso, os poucos que se preocupam em gerir de forma rigorosa o dinheiro dos contribuintes são enxovalhados. Pior do que isso. Quase ninguém tem coragem de fazer frente a essa tropa fandanga. É o politicamente correcto. Essa nova ditadura que se instalou entre nós.   

4 comentários:

  1. Concordo contigo...e lamento que muita da cultura seja paga a peso de ouro e para onde irá o dinheiro?

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    1. Para onde vai o dinheiro da cultura? Para os amigos, camaradas, companheiros e outros palhaços!

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  2. O concerto foi sublime o músico é genial e lá por ter convicções politicas não deixa de ter muito valor na cultura Portuguesa e do mundo.
    Chamar de mamarracho á Casa da Musica é de quem não percebe muito do assunto.. é uma das melhores salas do mundo.. está no top 20 mundial em termos acústicos e é um cartão de visita da cidade. foi uma obra fantástica.
    Concordando com as politicas do Rui Rio com a excepção da cultura que podia ter sido muito melhor gerida e sem esbanjamentos.

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    1. Sabe lá o caro (não tão caro como a obra que foi fantasticamente cara) comentador aquilo que eu percebo ou deixo de perceber.

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