Sócrates faz uma visita a uma escola primária, ou do primeiro ciclo do ensino básico como agora se chamam, e entra numa sala de aula mesmo no meio de uma discussão sobre significado das palavras.
A professora pergunta ao primeiro ministro se ele gostaria de continuar o tema com a discussão da palavra tragédia. Ele aceita e pede à turma que lhe dê um exemplo de tragédia.
Um garoto levanta-se e diz:
- Se o meu melhor amigo estivesse a brincar na rua e um carro o atropelasse, isto seria uma tragédia!
- Não - diz Sócrates - isso seria um ACIDENTE.
Uma garotinha levanta a mão.
- Se um autocarro com cinquenta pessoas - pergunta ela - cai numa ribanceira e morre toda a gente seria uma tragédia?
- Também não - explica o suposto engenheiro - Neste caso seria uma GRANDE PERDA.
A sala fica em silêncio. Nenhum voluntário. Sócrates pergunta olhando para a turma:
- Não há ninguém aqui que me possa dar um exemplo de tragédia?
Finalmente, lá no fundo da sala, um garotinho levanta a mão. Com uma voz tranquila, ele diz:
- Se um avião, levando o senhor e todos os seus ministros, fosse atingido por um míssil, matando todos os ocupantes, isto seria uma tragédia!
- Fantástico! - exclama Sócrates - Correcto! E és capaz de me dizer por que seria uma tragédia?
- Bem, - diz o garoto - porque não seria um acidente e também não seria uma grande perda!
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