Somos um país com profundas assimetrias regionais. E a tendência é de se acentuarem ainda mais em consequência das socráticas políticas de desinvestimento e abandono à sua sorte das populações residentes no interior, de onde o estado, irresponsavelmente, se vai retirando.
Segundo dados recentemente divulgados, 6% do território continental - situado na faixa litoral - concentra 50% do seu poder de compra, 45% da população, 47% das empresas, 70% da facturação empresarial, 73% dos impostos do Estado e 78% do crédito bancário.
E no futuro, como será? Um concelho como Estremoz que nos anos sessenta tinha mais de 25.000 habitantes, tem hoje pouco mais de 15.000. Até tenho receio de pensar quantos ainda cá vão viver daqui a 40 anos...Ou mesmo se, nessa altura, haverá razão para continuar a existir enquanto cidade e concelho.
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