Não é que eu seja de acusar ninguém sem as devidas evidências apontarem para a culpabilidade do alegado praticante do acto. Muito menos tratando-se de um gato. Mas, no caso, tudo me leva a desconfiar que é este o bichano que fez do meu quintal o local de eleição para aliviar a tripa. Habita na vizinhança e, a julgar pelas aparências, trata-se de um gato à antiga. É visto com frequência nos telhados e não faz amizades contra-natura com ratos ou com a diversa passarada que por aqui abunda, como já vai acontecendo com alguns maricas da sua espécie. Pelo contrário. Persegue-os e caça os que pode. Um gato como deve ser, portanto.
Só isso me leva a tolerar as pegadas que deixa no pavimento do quintal, as escavações que faz nos canteiros ou a merda que larga na relva e que, pacientemente, trato de recolher. Embora, confesso, de seguida a deposite num local onde, quero acreditar, possa causar algum incomodo aos donos.
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