Desde alguns anos para cá parece que descobriram a necessidade de todos nos avaliarmos uns aos outros. São empresas especializadas que avaliam o grau de satisfação dos clientes, chefes que avaliam os seus subordinados, chefes que avaliam outros chefes, directores que avaliam tudo e mais alguma coisa e por aí fora até onde a imaginação nos queira conduzir.
Promovem-se reuniões, congressos, seminários, simpósios, criam-se fichas de avaliação, inquéritos, modelos, instruções para preencher os inquéritos, os modelos e as fichas de avaliação, consomem-se horas infindáveis de trabalho, esbanjam-se recursos e energias a debater, estudar e analisar esta recente necessidade de avaliar o próximo e, pergunto eu que gosto muito de perguntar coisas, para quê?! Dir-me-ão que a resposta é óbvia. Para que muita gente ganhe dinheiro com esta novel arte de avaliar.
Revolta-me pensar em todo o tempo que passei, de forma completamente gratuita, a avaliar os atributos físicos, as formas constitutivas e outras qualidades menos visíveis das moçoilas com quem me cruzava. Parvo. Devia ter-lhes apresentado a conta.
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