segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Fui ao café e paguei o iva. Será que me enganaram?


Devo estar com problemas, para lá de preocupantes, ao nível da compreensão. Ando há um ano a ouvir os senhores da restauração a lamentar-se que não têm dinheiro para pagar o iva, nomeadamente agora que é a 23%. De cada vez que escrevo acerca do assunto e me atrevo a insinuar que a coisa não será bem assim, aparecem-me logo uns quantos a lembrar a minha ilimitada ignorância quanto a esta matéria. E também a outras, diga-se.
Começava, finalmente, a acreditar que estava errado e que os empresários estariam mesmo em sérias dificuldades para arranjar o dinheiro exigido pelo fisco. Os tais 23% sobre o valor da caixa, como sabiamente explicava um destes empresários. Mas, deve ter sido para me baralhar, ontem deram-me este papelinho. Uma venda a dinheiro toda catita e, aparentemente, dentro da legalidade. Onde me explicam que paguei vinte seis cêntimos de IVA. O tal que, alegadamente, os fulanos da restauração não têm dinheiro para pagar. Mas que eu já lhes paguei a eles. Estou, portanto, baralhado das ideias. Começo, até, a desenvolver novas teorias acerca do assunto. A mais plausível – já que nem coloco a hipótese da existência de esquemas mahosos – é que as caixas registadoras tenham um qualquer defeito de fabrico. Assim uma espécie de buraco por onde se escape o dinheiro dos impostos.

5 comentários:

  1. Exactamente o que eu penso sobre o assunto. A área da restauração é uma das que menos se pode queixar sobre o IVA. Há muitas outras áreas (nomeadamente serviços) em que basta um cliente não pagar uma factura para a empresa ficar a arder. E não são facturas de 1.40€

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  2. em tudo não há buracos...mas sim...buracões e quem se lixa é o mexilhão.

    E o cem numero de empresas que descontaram ao trabalhador por exemplo a S.Social, fecham, abrem falências etc e tal e vais requerer a que tens direito...e não há qualquer registo do que pagaste?

    A culpa foi sempre dos empresários ou da falta de fiscalização da bandalheira das Finanças - com conivência ou não?

    Mas há mais anedotas: eu que não tenho ship na matricula, nem via verde, passei há dias numa mini scut, sem qualquer aviso de que aquela mini (nem quilómetro e meio tem)era como tal, placas zero, desvio zero. Soube através de quem ia comigo noutro carro que realmente era uma scut e sabes como pagar?

    Pois é nos CTT ou na internet. Muitos sem internet, pensam que irão receber aviso em casa e depois pagam...mas não quando receberes o aviso será meses depois e com MULTA + JUROS!!!!!!

    Ao fim de 48h já está lá no site de ????(não sei) e tens 5 dias para pagares e depois aí é que entra a cena anterior.

    Ora paguei pela scut 0,30€ + 0,32€ dos CTT...agora imagina os milhares de euros que ganharão com estas ratoeiras!!!!

    Fugi um bocadinho ao tema, desculpa!

    beijos

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  3. António Gomes10:43 da tarde

    Penso que o post peca por ignorância e objectividade e talvez demagogia.
    Penso que os empresários da restauração, ao falarem do Iva de 23%, que realmente nos cobram de imediato,como aliás nas restantes actividades, o que pretendem dizer é que face ao montante do imposto (23%) que terá de incidir sobre os consumíveis, o preço aumenta e é perante esse aumento que os clientes fogem. Será assim ou não Kruzes Kanhoto que, de canhoto, parece às vezes não ter nada, ou estarei errado?

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  4. Os senhores comerciantes - e estou ciente que não se deve generalizar - são, muitas das vezes, oportunistas.
    Há muito tempo que deixam essa marca registada.

    Se alguém quiser chamar-me nomes ... watch out.

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  5. A leitura que faço deste recibo é a seguintr:

    D'antes o café custava neste estabelecimento 0,60 € que resultava do cálculo 50cent. + 16%IVA = 58Cent, que arredondava para 60cent. Não descriminava o IVA.

    Em 2013 é necessário descriminar o IVA e pagar 23%. Então, sobe-se o valor base da bica para 57Cent e acrescenta-se 23% = 13,11cent. O cliente passa a pagar 57+13=70cent. O cliente paga + 10cent. o Estado recebe + 5cent. o comerciante recebe +7cent.

    Claro que é o consumidor que fica sempre a perder.

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