Muitas foram as ocasiões em que nestas páginas manifestei a minha antipatia, desprezo até, pelos ambientalistas. Não contra nenhum em particular, nem para com a causa ambiental, mas relativamente ao fundamentalismo que os grupos organizados colocam naquilo que consideram ser defesa do meio ambiente e que, quase sempre, mais não é que manifestação de parvoíce e desconhecimento da parte de quem cresceu e vive no meio do betão, sem nunca ter vivido no campo ou ter tido contacto com a natureza e com a bicharada que por lá habita.
É por estas e por outras que gosto de, de vez em quando, dar uma vista de olhos por sites e fóruns onde estes temas são tratados e discutidos. Vale a pena, garanto. As questões suscitadas pelos intervenientes estão quase ao nível do consultório sentimental da “Maria” e as perguntas colocadas podem ser consideradas como a versão ecológica das que se lêem naquela publicação. Em lugar da jovenzinha ingénua que pretende ser esclarecida quanto à probabilidade de engravidar por ter passado à porta de um WC para homens ou se pelo facto de outro jovem a ter olhado de soslaio estará apaixonado por ela, podemos encontrar coisas deste tipo:
“Como posso repelir um rato que apareceu na minha cozinha sem o magoar?”. A solução sugerida, com imagem e tudo, surge ao melhor estilo de um qualquer aprendiz de McGyver e é a que se segue:
“A melhor forma de apanhar ratos sem crueldade nem morte consiste no seguinte:
Arranja um tubo de papel higiénico e faz dois vincos no sentido do comprimento de maneira a obter um túnel com os lados planos;
- Põe uma guloseima ao fundo do tubo;
- Arranja um balde alto;
- Coloca o tubo mal equilibrado na ponta de uma mesa ou balcão com a guloseima directamente sobre o balde;
- O rato correrá através do túnel e cairá no balde;
- Liberta o animal bastante longe da tua casa”.
Arranjar um gato era capaz de ser uma alternativa igualmente ecológica…a menos que esta gente seja fundamentalista ao ponto de tornar o bichano vegetariano.
E casos há ainda mais dramáticos. Veja-se este: “Gostaria de saber como posso repelir centopeias de casa, evitando o seu sofrimento. Para mim, isto é uma informação muito importante, pois aparecem bastantes em minha casa e eu tenho quase fobia a elas”:
A resposta não ajuda muito e é a que se segue:
“Fobia de centopeias? lol, entendo, mas não se deve ter fobia de animal nenhum, ainda mais quando eles são inofensivos. Eu já tive uma grande fobia às aranhas e venci-a. Devemos pensar sempre que o animal de que temos medo é que tem medo de nós, e não deixar que o nosso medo injustificado nos leve a sacrificar uma vida. Quanto ao que fazer para as afastar, peço desculpa mas não posso ajudar muito…”
Bolas…e eu è espera de uma solução mais engenhosa do que aquela que preconizo e que envolve uma vassoura e o esmagamento sumário do rastejante…
Já leio este blogue há algum tempo sem comentar, mas a verdade é que hoje tenho que rir.
ResponderEliminarCada um vê a "ecologia" dos bichos como quer, eu vejo da parte mais facil, se uma osga é ecensial para o eco sistema porque como os bechanos e as moscas, eu continuo a matar as ditas porque não quero que um dia por descuido uma delas me vá entrar para dentro da panela da sopa.
ou ela ou eu. hehehhe
Vivemos todos em simbiose, harmonia, e a biodiversidade é necessaria.
ResponderEliminarMas, a estes "textos"´ecológicos chamo-os de FUNDAMENTALISTAS.
Ora sempre houve uma coisa que se chama 'eliminar as pragas com predadores naturais', é o exemplo do gato-rato.
Eu mato 1 rato, 1 centopeia, 1 lagartixa, 1 barata, etc e não tenho problemas de consciência, assumo os meus 'assassinatos' por vezes em série...
E sou 1 acérrima defensora do meio Ambiente!
MFCC
Já o meu avô, se fosse vivo teria 111 anos, dizia que os fundamentalistas faziam-lhe lembrar os chatos agarrados aos colh... (ou seja, os ditos-cujos)...
ResponderEliminarRato, para mim, é como o bandido: é para ser enterrado de pé, para ocupar menos espaço público...
Compadre Alentejano