Ganhar
a vida a tirar a roupa – a própria, não a de outrem – é uma
actividade tão nobre como outra qualquer. Desde que existam parvos e
parvas em número suficiente dispostos a pagar para ver alguém
despojar-se dos trapos que tem em cima, não me parece que se trate
de algo condenável. E digo parvos porque não encontro nada mais
simpático para chamar a alguém de vinte, quarenta ou sessenta anos
que pague para ver outra pessoa a despir-se. Mesmo que a coisa
envolva contornos de alguma excentricidade. Como um anão, por
exemplo. Embora, talvez, isso da excentricidade no caso não se
aplique muito e evolua antes para alguma espécie de demência.
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