segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Demagogia feita à maneira...socialista.

Esta história das pensões de sobrevivência está, como muitas outras histórias que vão ocorrendo na politica nacional, muitíssimo mal contada. O que dá, como acontece sempre nestas circunstâncias, origem a declarações demagógicas e, não raras vezes, a verdadeiras bacoradas. Inclusivamente daqueles que aplaudem de forma efusiva de cada vez que o governo ataca os funcionários públicos mas que agora, se calhar porque lhes toca, já não acham assim tão bem.
Cortes, estes ou outros que envolvam rendimentos das pessoas, estão errados, não resolvem nada e servem para degradar, ainda mais, a actividade económica. Escrevo isto desde que o governo do Sócrates me roubou o abono de família. Sim, porque isto de cortar não é de agora nem foi inventado por estes palermas que lá estão. Vem já, embora pareça que uns não se lembram e outros não se querem lembrar, do tempo em que o Partido Socialista era governo. Com o resultado que se tem visto.
E o abono de família constitui um bom termo de comparação com a chamada pensão de sobrevivência. Na altura os socialistas entenderam como justo retirar aquela prestação social, cerca de sessenta euros, a um casal com dois filhos e mil e poucos euros de rendimento. Mantendo, porque assim lhes pareceu acertado, a pensão de sobrevivência – viuvez, ou lá o que seja – a quem, sem ninguém a cargo, aufere os mesmos mil e tal euros de vencimento ou pensão. Justo, certamente, do ponto de vista socialista. Por mim estão os dois errados e um não desculpa o outro, mas que diabo, não sejam demagogos nem digam bacoradas!

3 comentários:

  1. Claro que estou de acordo com o que dizes e muitos dos que agora atacam são do PS, que desde o tempo do Mário Soares cortaram a todos. A crise de 80 a 86, tudo subia, cortes a torto e direito, comeram-nos um dos subsidios e foi a geração das privatizações. Mas tinhamos o escudo e agora temos "sacos de merda", sim porque apesar de nunca ter sido a favor hoje ainda ponho a questão de termos perdido o escudo.
    Agora são cortes "cegos" sem olhar aos meios para atingir os fins de um país que perdeu a sua soberania culpando o povo, sempre o povo...mas pondo a salvo os sucessivos governos que todos sabemos que "salvam sempre a pele de quem lhes convém" e todos nós passamos a meros números.
    Numa altura destas em que os reformados versus velhos são o alvo mais apetecível a abater. A pensão de sobrevivência que era o da viuvez, concordo que seja cortada a quem aufere altos rendimentos, mas para este governo o alto rendimento é 600€.
    Não sei qual será o patamar, mas quem tem uma reforma alta e ter outra alta por morte do conjuge acho que deverá contribuir mais. Mas descontou, claro que sim, mas nunca descontou o que descontamos há três anos com o aumento brutal de impostos.
    Os funcionários públicos são outro alvo, mas diz-me uma coisa: onde está a moralidade de um funcionário público dos transportes públicos receberem vários subsidios e um deles o da alimentação ser tão dispar com os outros organismos?Os do metro...10€ por dia, de outros seis euros e tal e os restantes funcionários públicos terão menos direito porquê? E os da Assembleia da República e não só comem a que preço?

    O PS é igual ao actual PSD e bem longe, muito longe dos seus ideais...porque todos se encheram à nossa custa. No privado a coisa pia mais fininho e Manchetes, Relvas e outros "*****" eram logo banidos sem peias nem meias.

    Há falta de funcionário públicos em certos sectores e noutros sobram. A máquina engordou em número de pessoas graças aos mandatos de Cavaco Silva como 1º ministro e agora prefere não fazer ondas...porque será?

    Actualmente são bacoradas atrás de bacoradas e por exemplo irão extinguir repartições de finanças, concordo se fizerem ou aproveitarem as grandes e encaixarem todos os trabalhadores, depois de verificarem bem quem de facto é bom trabalhador ou não e como tal...não ficarem os péssimos e sairem os bons.
    têm um contrato vitalicio...mas se não produzem, se são o que são...não seria melhor serem substituidos pelos empenhados etc, etc.?

    Mas neste país do faz de conta...em termos públicos infelizmente prevalece a cor política e volto a repetir, todos - públicos e privados- somos meros números.

    E volto ao princípio...sinto-me na era de 80 a 86 em que sobreviver sem deixar-me cair na depressão é o que apelo a todos...porque "eles comem tudo e não deixam nada"

    Na volta não disse nada...mas desabafei por ver que neste país vale mais o futebol, os corruptos, os péssimos e os bons...borda fora e uma geracção perdida excepto se for lá para fora!

    Beijos rapaz e nunca deixes de escrever

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    1. Isto é a história da casa onde não há pão. Pena é que aqueles que gastaram a farinha toda ainda tenha lata para andar por aí a mandar bitaites. Ou, como se diz por cá, a cagar estacas!

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    2. Adoro a tua capacidade sucinta...e é isso mesmo amigo!

      Agora vou dormir que amanhã entrarei ao serviço de SOS avó:)

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