A
generalidade dos políticos portugueses estão chateados. Disso mesmo
se tem dado conta nos últimos dias. Já os restantes portugueses, na
sua esmagadora maioria – quase arriscaria dizer a totalidade –
estão-se nas tintas para a mais recente preocupação da classe
politica. A causa da esquizofrenia dessa malta é, pasme-se, a
provável diminuição dos fundos estruturais a que Portugal terá
direito nos próximos anos. Tal possibilidade levou já o primeiro
ministro a garantir que vetaria o orçamento da União Europeia caso
a proposta reflectisse esta intenção.
Não
me surpreende o aborrecimento nem, ainda menos, o consenso que o tema
gerou entre os actores políticos dos diversos quadrantes. Sabe-se a
forma como grande parte do dinheiro vindo da Europa tem sido
aplicado. É hoje aceite que a enxurrada de financiamentos é uma das
principais, para mim a principal, causa da situação dramática que
vivemos. Para além de ter levado ao endividamento sem controlo,
permitiu a construção de infraestruturas sem as quais passávamos
lindamente e que hoje, só em manutenção e outros custos que
entretanto vieram criar, nos custam os olhas da cara.
Há,
depois, o resto. Aquilo de que todos falam, que poucos podem provar,
que ninguém condena e que eu desconheço em absoluto. Daí que não
seja difícil de perceber o transtorno que a diminuição de fluxos
monetários causará à classe dirigente. Já para os portugueses
esta será, a concretizar-se, uma excelente noticia. Talvez assim não
haja dinheiro para despedir duzentos mil funcionários públicos e
rebentar de vez com o que resta das funções do Estado.
Tal e qual e subscrevo na integra!!!!
ResponderEliminarBeijocas