Um noticiário televisivo dos últimos dias deu-nos a conhecer a história de um depositante do Banco Privado Português. Uma história triste, diga-se. Trata-se de um cliente, já reformado e com algumas posses, que acredita estar em vias de perder tudo o que tinha depositado – ou deverá dizer-se investido? – naquele banco e está, muito naturalmente, desolado. O fruto de quarenta e oito anos de trabalho estará prestes a esfumar-se e, dizia, restava-lhe agora viver da pequena reforma de trezentos e vinte sete euros e setenta e dois cêntimos.
É, de facto, desolador. Principalmente para quem ao longo da vida, apesar do ordenado miserável que auferia e que deu origem a uma reforma tão baixa, conseguiu amealhar uma quantidade de dinheiro que, apesar de tão divulgada, se deixa antever significativa.
Muito possivelmente a aflição do senhor, e de outros como ele, nem se justificará. Enquanto ele e mais uns quantos arranjavam fortunas, invariavelmente a trabalhar como todos garantem, outros pagavam os impostos que permitem ao Estado assegurar que nenhum deles vai perder um cêntimo.
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