segunda-feira, 24 de novembro de 2008

(N) as tais Festas

O Natal é uma festa bonita. As festas de Natal também. Vai-se aproximando a época em que se sucedem as confraternizações promovidas pelas empresas dedicadas aos seus colaboradores e respectivas famílias. O que, sem dúvida, constitui um acto de boa gestão de recursos humanos na medida em proporciona um salutar convívio entre todos os que colaboram na empresa. (Ou seja laboram em colaboração na empresa, daí a designação de colaboradores. Bem visto! Só mesmo eu é que ainda não tinha percebido.)

Embora estes encontros anuais sejam enternecedores e todos reconheçamos a sua importância, não ficam nada baratos quando chega a hora de fazer a conta. Será, por isso, no mínimo questionável a oportunidade da sua realização em empresas onde os efeitos da crise se fazem sentir de forma mais acentuada e estão mesmo anunciadas dispensas de colaboradores – dito assim nem parece que vão para o desemprego - ou, noutros casos, paragens mais ou menos prolongadas na laboração. E também, claro, na colaboração.

Evidentemente que estas coisas, sendo do domínio privado das empresas, são lá com elas. Mas lá que dá para desconfiar que haja mais de cem mil euros para fazer uma festa e, simultaneamente se reclame ajuda do governo, lá isso dá…

domingo, 23 de novembro de 2008

O Magalhães do asfalto está a chegar

José Sócrates continua a saga inovadora e a mostrar dotes invejáveis de vendedor. Primeiro foi o “Magalhães”, o computador português que todos os seus assessores usam para trabalhar, porque não precisam de outro, e que um dia chegará às mãos de todas as criancinhas portuguesas, venezuelanas e de outras nacionalidades que agora não vêm ao caso mas que de certeza serão muitas.

Agora é o automóvel eléctrico. Também “made in” Portugal, pois claro. Que se saiba, este "Magalhães do asfalto”, ainda não tem nome nem consta que vá ser vendido a preços módicos, sequer relativamente módicos ou distribuído gratuitamente pelos mais carenciados. Terá, isso o nosso primeiro já garantiu, um importante incentivo fiscal que, no caso dos compradores, se traduzirá por deduções significativas no IRS ou IRC consoante se trate de particulares ou empresas. Este automóvel será também, assim que começar a ser produzido, o único meio de transporte ao dispor de todos os assessores do primeiro-ministro. Isto, claro, depois um crash-test a cargo do insuspeito Hugo Chavez. Mas isso sou só eu a dizer, que a maior parte das vezes até ando a pé.

Por mim tudo isto me parece bem. Se já achava excelente a ideia do “Magalhães” e de um computador para cada puto, ou putas que elas também necessitam de informatizar a escrita e manter um registo actualizado dos clientes, ainda gosto mais do rodinhas movido a electricidade. Ou a pilhas recarregáveis, tanto faz.

sábado, 22 de novembro de 2008

Estigmatizados?! E daí?

Causa-me perplexidade a anormal frequência com que na água da piscina municipal surgem fezes humanas. Os acidentes, porque é disso que se trata, acontecem, mas convenhamos, os desta natureza sucedem vezes em demasia. Tratando-se, como é o caso, de miúdos bastante pequenos terá de haver da parte de todos – pais, educadores e monitores – a iniciativa de educar e alertar as crianças para a maneira como se devem comportar e para os cuidados a ter quando utilizam aquele espaço público. E, caso nada disso resulte, que se imponha aos utilizadores desta faixa etária a obrigatoriedade do uso de fraldas ou outro equipamento adequado à prevenção destas situações. É preferível ter três ou quatro miúdos “estigmatizados” – para utilizar a expressão usada há meia dúzia de anos pelos defensores de que nada se devia fazer - do que largas dezenas de utentes com problemas de saúde provocados pela incontinência de outros.

Os insuspeitos do costume

A propósito da entrevista de Dias Loureiro, ex-uma quantidade de coisas e actual ricaço, ocorreu-me que, se eu tivesse dinheiro suficiente para ter preocupações por causa dele e tivesse esse dinheiro depositado num banco que me suscitasse dúvidas quanto ao seu regular funcionamento ou à legalidade das suas operações, obviamente que mudava de banco. Mas isso sou eu, que não conheço ninguém no Banco de Portugal.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Justiça previsivel

Desde há algum tempo que correm rumores ou, se preferirem, existem suspeitas que um tal José Oliveira e Costa terá feito umas quantas traquinices enquanto Presidente do BPN. De tal forma, que a policia foi buscar o homem ao recato do seu lar e transportou-o até ao Tribunal de Instrução Criminal para ser ouvido pelos gajos que percebem de leis e que têm a incumbência de, em nome do povo, as aplicar.

Normalmente erro todas as previsões. Seja sobre o que for. Excepto quando o assunto a prever envolve a justiça. Mas acontece a praticamente o mesmo a quase todos os portugueses, pelo que o facto além de não ser grave não constitui nenhum feito digno de grande nota. É por isso que, começando já a especular, poucos acreditarão que o senhor possa vir a ser considerado culpado de alguma coisa. O mais provável é ainda exigir uma choruda indemnização ao Estado pelo transtorno causado. E ganhar. Porque, por estranho que pareça, nestas coisas o Estado perde sempre…